A Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa organizou, pela trigésima segunda vez, as Jornadas Médico-Veterinárias. Este ano, o tema escolhido foi “Métodos e Técnicas de Diagnóstico em Medicina Veterinária” e as palestras decorreram durante o mês de Novembro, ao longo de três dias.
«Tentámos pensar num tema que fosse interessante para os nossos colegas e que também pudesse aumentar a formação. O que pretendíamos era abordar mais novas técnicas e temas com os quais se calhar nós não nos sentimos tão à vontade com a formação que temos cá na faculdade», explicou Rita Pascoal, da Associação de Estudantes (AE).
Em cada um dos três dias de Jornadas, as palestras repartiam-se entre animais de companhia, equinos e ruminantes, abordando temas como o diagnóstico de alergias alimentares e virologia, passando pela avaliação óssea não invasiva em equinos e ecografias. «No fundo, procuramos dar uma formação adicional, quer ouvindo falar das mesmas coisas de maneiras diferentes, quer ouvindo falar de coisas novas», salientou a representante da AEFMV.
Apoio da Comissão Científica
Os oradores foram escolhidos com a ajuda da Comissão Científica da Faculdade, composta pelos professores José Luís, Nuno Bernardes, George Stilwell, José Henrique Correia e Constança Pomba. «Todos os anos é constituída uma Comissão Científica que nos dá apoio, quer fazendo directamente os contactos com os especialistas, quer dando-nos apenas os contactos e nós fazemos os convites», esclareceu Rita Pascoal. «Este ano tivemos cá alguns professores da faculdade, que já são habitués nestas andanças, mas como tínhamos áreas diversas que queríamos abordar, também falámos com professores de outras faculdades.»
Entre os principais convidados destacaram-se José Estepa Nieto, docente na Faculdade de Veterinária de Córdoba e colaborador do corpo clínico do Hospital Clínico Veterinário da Universidade de Córdoba, Espanha; Philip Scott, doutorado da Universidade de Edimburgo e especialista europeu em Gestão de Saúde Bovina e de Ruminantes; e ainda o português Pedro Serra, licenciado pela FMV, e actualmente a trabalhar num dos três maiores laboratórios de diagnóstico privado do Reino Unido.
De acordo com Rita Pascoal, a maior dificuldade de organização das Jornadas é «conseguir os patrocínios, fazer os contactos e ainda a divulgação em tão pouco tempo».
Relativamente à adesão, «correu dentro das expectativas», revelou a responsável da AE. «Tivemos cerca de 150 alunos inscritos. É o número normal».
