Em Espanha, foram anunciadas novas medidas para aliviar o impacto da pandemia de Covid-19, entre as quais a assistência veterinária a animais.
A Direção-Geral dos Direitos dos Animais, em coordenação com o Ministério da Saúde e as administrações locais, emitiu recomendações para garantir o cumprimento da quarentena sem esquecer o bem-estar animal. As entidades implementaram também medidas para ajudar grupos carenciados, como a população sem-abrigo.
Para tal, serão oferecidas instalações para o cuidado dos animais de estimação dos sem-abrigo durante o tempo em que viverem nos centros.
“Quando isso não for possível, deve ser oferecida uma alternativa para a estada temporária do animal de estimação num local seguro, em instalações o mais próximas possível“, explicam.
Foi também estabelecida uma rede de abrigos de apoio aos municípios que não têm capacidade para acolher temporariamente os animais, além de ter sido implementado um protocolo de cuidados veterinários básico para estes animais.
A vice-presidência para os Direitos Sociais emitiu um documento que reúne todas as medidas tomadas nas últimas semanas, incluindo as adotadas pela Direção-Geral dos Direitos dos Animais.
O documento destaca que, em tempos de excecionalidade, cabe ao Governo proporcionar certeza e segurança. “É por isso que mobilizamos 200 mil milhões de euros para enfrentar esta crise“, refere o texto oficial, citado pela publicação Animal’s Health.
“Esta não é apenas uma emergência sanitária: é também uma emergência económica e social”, reiteram as entidades espanholas, referindo que devem ser implementadas “medidas para proteger os mais vulneráveis: famílias trabalhadoras, idosos, pessoas dependentes, animais de estimação“.
O documento mantém também as exceções à limitação de circulação, como o passeio de animais de companhia ou o tratamento de colónias de gatos.
É recomendado evitar o contacto com outros animais ou pessoas durante o período em que se encontrar fora de casa. É também sugerido o transporte de uma garrafa de água com detergente, para limpar a urina e sacos para as fezes, durante o passeio. Este deverá ser realizado no menor tempo possível e durante o período de menor afluência.
No caso das colónias de gatos, apesar de ser permitida a circulação para o efeito, é sugerido que as visitas sejam o mais espaçadas possível.
Em Portugal, a organização ANIMAL pressionou as autoridades a alargar a “assistência a terceiros” aos animais para permitir, nesta situação de estado de emergência, o tratamento de colónias de animais. O decreto que regula este estado de exceção, e que foi divulgado no dia 20 de março, acabou por incluir a medida.
Anteriormente, também a Provedora dos Animais de Lisboa, Marisa Quaresma dos Reis, tinha emitido uma recomendação ao Governo por forma a evitar o surgimento de situações dramáticas.