Deu esta semana entrada, na Assembleia da República, uma nova iniciativa legislativa de cidadãos que pede a proibição das corridas de cães em Portugal. Promovida pela SOS Animal, a iniciativa pretende acabar com situações de “maus tratos que estes animais sofrem durante e após as corridas”, nomeadamente o facto de “correrem dopados, com coleiras de choque, de serem abandonados, encarcerados e forçados a dar sangue o resto da vida, ou mesmo abatidos quando já não servem o propósito de entretenimento humano”.
O documento afirma que “numa sociedade inclusiva dos seus animais, estes não são tidos como propriedade ou recurso natural, nem legal nem moralmente, sendo a sua utilização injustificável” e alerta para os riscos que advêm da utilização dos animais em corridas, riscos esses fundamentados por vários estudos científicos.
A iniciativa legislativa diz também que “o que está em causa não é os cães correrem livremente, consoante as suas vontades e necessidades, acompanhados, ou não, pelos seus tutores. É correrem dopados, com coleiras de choque, sofrerem maus tratos antes, durante e após as corridas, serem abandonados, encarcerados e forçados a dar sangue o resto da vida, ou mesmo abatidos quando já não servem este propósito de entretenimento humano”.
Recorde-se que o PAN e o Bloco de Esquerda apresentaram em junho deste ano projetos-lei que pretendiam proibir as corridas de galgos. Esses diplomas, que surgiram na sequência de uma petição apresentada na Assembleia da República, foram chumbados pelo PSD, CDS e PCP.