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Profilaxia prolongada reduz transmissão do VIH na amamentação

A transmissão do VIH a crianças africanas amamentadas por mães seropositivas pode ser reduzida através de uma profilaxia anti-retroviral prolongada, revela um estudo clínico efectuado no Malaui, cujos resultados foram ontem publicados na edição on-line do “New England Journal of Medicine”.

Actualmente, nos países pobres, os recém-nascidos de uma mãe infectada pelo VIH são submetidos a uma terapia de dois anti-retrovirais, o nevirapina (NVP) numa única dose, e o zidovudina (ZDV) durante uma semana, por forma a evitar a transmissão do VIH.
Contudo, os resultados do ensaio clínico, efectuado por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins e da Escola de Medicina da Universidade de Malaui, mostram que o facto de prolongar esta profilaxia pode reduzir claramente o risco de transmissão do VIH da mãe para o filho – transmissão vertical.
No estudo, que abrangeu mais de 3000 crianças, filhos de mães seropositivas, seguidos ao longo de dois anos, todos os recém-nascidos receberam os cuidados profiláticos padronizadas. Parte deles continuou, durante 14 semanas, a fazer o tratamento com nevirapina, enquanto outra parte recebeu, durante o mesmo período de tempo, uma combinação dos dois anti-retrovirais.
Durante todo o ensaio, as crianças que beneficiaram de um tratamento prolongado registaram taxas de infecção por VIH cerca de duas vezes mais baixas do que as crianças que apenas receberam o tratamento padronizado.

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