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Comportamento

Presença de cachorros contribui para melhoria de comportamento em cães adultos

Presença de cachorros contribui para melhoria de comportamento em cães adultos

A presença de cachorros pode contribuir para melhorar os problemas comportamentais em cães adultos. A conclusão é de um estudo realizado por investigadores da Faculdade de Veterinária da Universidade de Santiago de Compostela, em Espanha, que revela que a presença de cães adultos em sessões de socialização com cães com menos de três meses (cachorros) e cães jovens (com mais de três meses) pode ajudar a corrigir o comportamento potencialmente perigoso.

Para chegar a esta conclusão, os investigadores contaram com uma amostra de 80 cães, 32 dos quais participaram em sessões de comportamento, e 48 dos quais não participaram em qualquer treino de comportamento. Durante a experiência, os cientistas analisaram fatores relacionados com a sensibilidade ao tato e os níveis de excitabilidade, concluindo que a exposição de cães adultos a cachorros e às pessoas que os acompanham gera uma associação positiva que, a longo prazo, induz uma melhoria no comportamento do animal.

 

Citada pela publicação espanhola Animal’s Health, Rosana Álvarez Bueno, médica veterinária acreditada pela Associação de Veterinários Espanhóis de Pequenos Animais (AVEPA) em Medicina do Comportamento, explica que as puppy parties, encontros que reúnem cães de várias idades para socialização e treino de ordens básicas e que usam metodologias como o jogo para ensinar determinados comportamentos, podem ajudar a formar os seus padrões de conduta. É neste tipo de sessões que os animais aprendem a desenvolver determinados sentidos e a coordenação motora necessária para interagir com o ambiente que os rodeia e processar os estímulos que recebem. De acordo com a especialista, quanto mais expostos a este tipo de sessões, “mais equilibrados serão [os animais]”.

Da mesma forma, o contacto com outros animais e até com pessoas promove o reconhecimento de outras espécies, prevenindo possíveis comportamentos relacionados com o medo, que pode criar uma experiência mais agradável na socialização, diz o estudo.

 
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