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Língua Azul: Cientistas dão novo passo no entendimento da doença

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Uma equipa de cientistas identificou uma estirpe do vírus da língua azul que provocou o aparecimento da doença nos países do norte europeu em 2006.

A comparação daquela estirpe de vírus com sequências de outras estirpes previamente isoladas revelou que teve origem na África Subsariana e não de estirpes oriundas de vacinas ou de estirpes a circular no sul da Europa.
A doença da língua azul é provocada pelo vírus da língua azul (BTV, na sigla inglesa) e devido ao impacto económico que tem provocado, tem sido objecto de extensos estudos moleculares, genéticos e estruturais.
A doença já foi observada na Austrália, Estados Unidos, África, Médio Oriente, Ásia e Europa. A sua ocorrência é sazonal e diminui em número de casos quando a temperatura desce e as fortes geadas matam os “mosquitos-pólvora” transmissores da doença.
A enfermidade tem vindo a ser propagada ao Norte da Europa desde finais da década de noventa, talvez devido ao aquecimento global. Em Agosto de 2006, o recorde de temperaturas experimentado na Europa do Norte coincidiu com o primeiro aparecimento da doença da língua azul na Holanda, Bélgica, Luxemburgo e em grande parte do território alemão.
No estudo, Peter Mertens e os 24 co-autores oriundos de seis institutos distintos descrevem as sequências do genoma completo desta estirpe de BTV e comparam-na a outras estirpes de BTV.
Por conseguinte, os resultados indicaram que, apesar dos elevados níveis de nucleótidos serem semelhantes a outras estirpes europeias, eles representam uma nova introdução da estirpe, oriunda da África Subsariana.
«Estas conclusões sobre as origens de vírus emergentes são bastante importantes e podem levar não apenas a um melhor entendimento da forma como os vírus se propagam, mas também a um desenvolvimento racional de vacinas», constatou Barbara Sherry, membro do “Editors of Virology”.

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