Janet Yamamoto, professora de Imunologia da Universidade da Florida, passou os últimos 30 anos a estudar o VIF e descobriu uma região comum entre esta doença e o HIV: a parte de uma proteína no vírus que é crítica para a sua sobrevivência e que poderá ser a chave para a criação da vacina. “Quando descobri o VIF em 1986, esta doença era uma prima afastada do HIV humano. A sequência da proteína do vírus, no entanto, é semelhante entre as duas espécies”.
A investigadora descobriu agora que uma proteína no VIF despoleta uma resposta imunitária no sangue de pessoas infetadas com HIV. De acordo com a cientista, ainda não foi possível criar uma vacina contra o HIV porque, em parte, estas investigações baseiam-se na procura de anticorpos em vez de células T, um célula que protege o sistema imunitário.
Yamamoto identificou uma região do VIF em que as células T são ativadas para produzir mais células T que destroem apenas células infetadas com HIV. A investigadora quer agora testar esta nova vacina em gatos para mais tarde tentar a aplicação em humanos, o que pode levar ainda cerca de cinco anos.