Na sequência da adoção de medidas de prevenção e contingência tomadas pelas autoridades para lidar com o surto de Covid-19, algumas clínicas veterinárias estão já a implementar as recomendações da Ordem dos Médicos Veterinários, publicadas ontem no site da Ordem, para ajudar a conter esta epidemia.
Nas redes sociais, o diretor clínico da Vet4, em Estarreja, pediu a colaboração de “clientes e amigos para algumas alterações de funcionamento”, tanto nesta clínica como no Consultório Veterinário na Branca, em Albergaria-a-Velha.
André Traqueia afirmou que ambas as instalações dispõem de desinfetante de mãos, que deve ser usado pelos clientes “à entrada e saída”, e solicitou ainda contenção aos detentores para a entrada nas clínicas: “Pedimos que acompanhe o animal para o interior das instalações apenas o detentor ou o mínimo de pessoas estritamente necessário para o seu transporte e contenção, por forma a evitar a acumulação de pessoas nos espaços comuns.”
Além disso, as visitas aos animais em recobro e internamento serão apenas autorizadas segundo avaliação do caso clínico e apenas no horário previamente definido com o pessoal da Vet4 e Consultório Veterinário na Branca, por forma “a evitar a acumulação de pessoas no mesmo local”.
“Os detentores que apresentem sintomas ou que estejam em quarentena devem contactar por via telefónica a clínica por forma a ser avaliada a necessidade de deslocação urgente do animal à clínica ou não”, acrescentou ainda o diretor clínico, apelando também ao seguimento das orientações da Direção-Geral da Saúde.
Outra das medidas tomadas foi a suspensão de cumprimentos e saudações pessoas: “Pedimos desculpa por isso, mas temos de pensar que pequenos gestos podem fazer a diferença. Para nós é uma situação complicada pelo hábito e nossa forma de estar!”, confessou o diretor clínico, apelando ainda à compreensão dos clientes perante potenciais demoras no atendimento que podem vir a acontecer caso se confirme hoje o encerramento de escolas em território nacional, que será decidido pelo Conselho Nacional de Saúde Pública.
“Estes pequenos gestos, que podem ser hoje um inconveniente, poderão ajudar a permitir que possamos estar aptos a trabalhar e a poder servir os nossos clientes, zelando pela saúde dos seus melhores amigos!”, concluiu André Traqueia.
Também a diretora clínica da VETandom, no Lumiar, em Lisboa, fez um apelo semelhante nas redes sociais, remetendo para as orientações da OMV. Isabel Serra solicitou aos seus clientes “que apenas o tutor acompanhe o animal para o interior da clínica, sempre que seja possível” e confirmou a disponibilização de solução antissética de base alcoólica para desinfeção das mãos dos detentores e acompanhantes.
Isabel Serra acrescentou ainda “não existem provas de que [os animais de estimação – gatos e cães] possam ser uma fonte de transmissão [de SARS-Cov-2] para outros animais ou humanos”