O estudo demonstra que o cérebro dos cães é sensível às características vocais das emoções. Os resultados também sugerem que essas áreas cerebrais surgiram há pelo menos 100 milhões de anos, a idade do último antepassado comum dos humanos e dos cães.
Os investigadores treinaram 11 cães a deitarem-se e a permanecerem totalmente quietos dentro de um aparelho de ressonância magnética, o que lhes permitiu realizar a mesma experiência de visualização da atividade cerebral nos participantes humanos e caninos.
A experiência consistiu na audição de cerca de 200 sons emitidos por pessoas e por cães, incluindo choros e gemidos, latidos de cães a brincar e risos humanos. As imagens obtidas por ressonância magnética funcional demonstraram que as áreas dedicadas à voz dos cérebros de humanos e cães situam-se em locais semelhantes, e embora os cães respondam mais significativamente aos sons emitidos por cães e os humanos aos sons emitidos por humanos, ambas as espécies parecem processar de forma muito semelhante os sons carregados de emoção.
Contudo existem algumas diferenças: enquanto 48% das áreas sensíveis aos sons no cérebro dos cães respondem mais fortemente aos sons não-vocais, isso apenas acontece em 3% das áreas cerebrais humanas correspondentes.