O vírus SARS-CoV-2 foi detetado, pela primeira vez no Reino Unido, num gato doméstico. O Departamento do Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) britânico afirmou, através de uma declaração emitida ontem, dia 27 de julho, que a infeção foi confirmada por testes de laboratório na Agência de Saúde Animal e Fitossanitária (APHA), realizados a 22 de julho.
Perante esta notícia, a presidente do BVA, Daniella Dos Santos, aconselha a que doentes com covid-19 restrinjam o contacto com os seus animais de companhia, por forma a salvaguardá-los, além de assegurarem uma boa higiene.
O gato foi inicialmente diagnosticado por um médico veterinário privado com o vírus do herpes felino. Contudo, a amostra também foi testada para o vírus SARS-CoV-2 como parte de um programa de investigação.
As amostras de acompanhamento testadas no laboratório da APHA, em Weybridge, confirmaram que o gato foi também infetado com o SARS-CoV-2, o vírus que provoca a covid-19 em humanos.
O Defra salientou que todas as provas disponíveis sugerem que o gato contraiu o vírus dos seus tutores, que tinham testado positivo para a covid-19.
O gato e os tutores já se encontram recuperados e não houve transmissão a outros animais ou pessoas do lar.
“Não há provas que sugiram que os animais de estimação transmitam diretamente o vírus aos seres humanos. Continuaremos a acompanhar de perto esta situação e atualizaremos as nossas orientações aos proprietários de animais de estimação, caso a situação mude”, explicou Christine Middlemiss, chefe dos Serviços Veterinários britânicos.