A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), num artigo do seu site, analisou o contributo do setor da saúde animal na gestão dos vírus influenza.
Um dos aspetos destacados é o impacto na vacinação humana. Por exemplo, a OIE e os seus parceiros, duas vez por ano, contribuem para a vigilância dos vírus da gripe em animais, incluindo aqueles que possuem potencial pandémico para humanos, através da recolha e análise de dados sobre eles.
“Nós ajudamos a garantir que, se estes vírus com potencial zoonótico fizerem o salto de animais para humanos, levando a uma pandemia, a vacina adequada é rapidamente desenvolvida com a melhor proteção possível”, considera a entidade.
As vacinas humanas contra a influenza, cuja composição é revista a cada seis meses, têm em conta a circulação dos vírus influenza nos animais.
“Para garantir que o impacto e os riscos para os animais e para os seres humanos sejam mantidos ao mínimo, é vital que o setor da saúde animal assuma a liderança na monitorização dos vírus da gripe nos animais, na análise dos dados e na partilha dessa informação com a comunidade internacional”, nota o coordenador científico para a gripe aviária da OIE, Gounalan Pavade.
Por sua vez, a epidemiologista veterinária na OIE, Lina Awada, considera que “a gripe aviária é um exemplo muito revelador de uma doença que pode afetar tanto humanos como animais. Considerar em conjunto a epidemiologia e as características dos vírus que circulam tanto em animais como em seres humanos, e como os padrões de transmissão podem ser influenciados pelo ambiente, é fundamental para abordar a doença de forma eficiente: esta é a base da abordagem One Health”.