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“O desafio é aprender de ambos os lados” no âmbito da One Health

“O desafio é aprender de ambos os lados”, comentou Guadalupe Miró, no na conferência “A One Health Approach to Vector-Borne Diseases”.

“O desafio é aprender de ambos os lados”, comentou a professora de Parasitologia e Doenças Parasitárias da Universidade Complutense de Madrid, Guadalupe Miró, no âmbito da conferência “A One Health Approach to Vector-Borne Diseases”, organizada pela MSD Animal Health e realizada a 2 de março.

A responsável considera ainda que “devemos partilhar todo o nosso conhecimento com os médicos veterinários e com toda a comunidade médica para aprendermos com uma abordagem One Health”.

 

Em comunicado, a MSD Animal Health nota que se registaram no evento mais de 6 900 profissionais de saúde animal e saúde humana. Foram várias as intervenções a reforçarem o papel da abordagem One Health.

Jane Sykes, da Faculdade de Medicina Veterinária de UC Davis, e  Julie Gerberding, vice-presidente executiva e responsável pelos Pacientes, Saúde e Sustentabilidade na MSD, consideraram que a abordagem é especialmente relevante para ajudar a prevenir o aparecimento e propagação de doenças transmitidas por vetores, através da rastreabilidade, planos de desparasitação e vacinação adequados e uma monitorização e prevenção contínuas.

 

Por sua vez, o diretor do Centro de Evidências Observacionais e Reais da MSD Animal Health, Robert Lavan, destacou a importância de cumprir os tratamentos para pulgas e carraças, uma vez que as famílias de animais de companhia muitas vezes não cumprem as recomendações médico-veterinárias de proteção contra as ectoparasitas, comprando apenas um a três meses de proteção por ano e com frequência têm lacunas entre doses.

A One Health e as doenças transmitidas por vetores

Estima-se que as doenças transmitidas por vetores representem cerca de 17% do peso global de todas as doenças infeciosas. Neste âmbito, Paul Overgaauw, professor de Saúde Pública Veterinária da Universidade de Utrecht, considera que “o contacto entre médicos e médicos veterinários tem de ser muito próximo para gerar mais informação e melhorar a mensagem”.

 

Já num contexto de aumento da temperatura e alteração das estações do ano, professor da Escola de Ciências Biológicas, da Universidade de Bristol, Richard Wall, salientou que “precisamos de ser mais ativos” face a estas alterações, ao mesmo tempo que temos de atuar porque “não existem protocolos adequados para as detetar”. Neste ponto, Susan Little, do Centro de Ciências de Saúde Veterinária da Universidade Estatal de Oklahoma, fez referência à “disseminação de carraças no leste dos Estados Unidos e na Europa”.

Por sua vez, Guadalupe Miró ressalvou “Temos que estudar e investigar mais” e Peter Irwin, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Murdoch, apontou para “a necessidade em medicina veterinária de criar suspeita clínica nas áreas onde não existem doenças transmitidas por vetores. O conhecimento científico está a avançar, mas é importante divulgar as informações”.

 

 

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