As espécies invasoras “são uma das principais ameaças à biodiversidade a nível global, mas uma grande parte dos cidadãos desconhece esta ameaça ambiental”. A afirmação é dos investigadores do Centro de Ecologia Funcional (CFE), uma unidade de investigação e desenvolvimento alojada no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra, que, para combater este desconhecimento e sensibilizar a população, vai promover de 10 a 18 de outubro a 1.ª Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI).
Ao longo desta semana, vão decorrer cerca de 100 atividades, incluindo ações de controlo de espécies invasoras no terreno, palestras, workshops e percursos pedestres para mapeamento de espécies invasoras. Muitas ações são online, permitindo a participação à distância.
Em comunicado, o CFE adianta que “em Portugal, de acordo com a legislação nacional (Decreto-Lei nº 92/2019), estão listadas mais de 300 espécies exóticas invasoras, entre plantas e animais, como é o caso da mimosa, do jacinto-de-água, da vespa-asiática ou do lagostim-vermelho-do-Louisiana.
A nível global, as espécies exóticas invasoras são a quinta ameaça à biodiversidade, de acordo com a Intergovernmental Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES), “além de promoverem outros impactes significativos a nível ambiental, assim como a nível socioeconómico”, garantem os investigadores.
Esta iniciativa, que reúne investigadores do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), conta com a participação de mais de meia centena de entidades, entre instituições públicas e privadas, associações e grupos informais.