As autoridades norte-americanas detetaram um caso de infeção pelo novo coronavírus num animal selvagem. Trata-se de uma marta selvagem, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), cita a imprensa internacional.
O animal infetado foi localizado no estado de Utah, perto de uma quinta de criação de martas, durante uma ação de vigilância da vida selvagem. Vários animais de diferentes espécies selvagens foram testados e todos apresentaram resultados negativos, acrescentou a BBC.
O departamento notificou a Organização Mundial de Saúde Animal, mas não há evidências de que o vírus se tenha espalhado para as populações de animais selvagens que se encontram próximas das quintas onde foram detetados surtos de Sars-CoV-2.
“Ao que sabemos, este é o primeiro animal selvagem com Sars-CoV-2”, garantiu o USDA num alerta à Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas.
Recorde-se que, em novembro, foram identificadas na Dinamarca, em cinco explorações de criação de martas, mutações do novo coronavírus em visons (ou martas), que infetaram 12 pessoas. Em consequência disso, o governo dinamarquês recomendou que os agricultores procedessem ao abate de todas as martas.
De acordo com a Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade (FAPAS), a espécie identificada na Dinamarca foi encontrada em Portugal, no entanto, o risco de contaminação é reduzido.
A espécie invasora é conhecida em Portugal pelo nome de vison americano e tem origem em Espanha, segundo explica o especialista. “São originárias da Galiza, precisamente fugidas de criações com fins industriais como as da Dinamarca”, indicou o responsável.