Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, apresentou esta-terça-feira (10 de setembro) a nova equipa da próxima Comissão Europeia. Além de uma nova estrutura, que passa a contar com oito vice-presidentes e três vice-presidentes executivos, a nova Comissão Europeia tem uma nova responsável pela pasta da Saúde, a cipriota Stella Kyriakides, que terá também a seu cargo os assuntos de saúde e bem-estar animal.
Anteriormente, o bem-estar animal estava sob a supervisão do comissário de Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis. Nesta nova estrutura, a segurança alimentar passa a fazer parte da pasta da Saúde, como comunicou em carta aberta von der Leyen.
Entre os comissários que vão gerir assuntos relacionados com o setor animal estão Virginijus Sinkevicius, com a pasta do Meio Ambiente e Oceanos; o polaco Janusz Wojciechowski, que irá gerir a Agricultura; e o anterior comissário da Agricultura, o irlandês Phil Hogan, que agora supervisiona o Comércio, pasta que gere assuntos relacionados com o bem-estar no transporte animal, por exemplo.
A portuguesa Elisa Ferreira assume a pasta da Política de Coesão e Reformas. Era atualmente vice-governadora do Banco de Portugal e regressa a Bruxelas para gerir a distribuição dos fundos comunitários.
Ursula von der Leyen diz que esta equipa vai configurar a Via Europeia: “Vamos adotar medidas decisivas para fazer face às alterações climáticas, reforçar a nossa parceria com os Estados Unidos, definir as nossas relações com uma China cada vez mais assertiva e ser um vizinho de confiança, por exemplo em relação a África. Esta equipa terá de lutar pelos nossos valores e por normas reconhecidas à escala mundial. Defendo uma Comissão liderada com determinação, claramente centrada nas questões mais prementes e que dê respostas concretas. Uma Comissão equilibrada, ágil e moderna. Esta equipa tem agora de conquistar a confiança do Parlamento. Será uma Comissão geopolítica empenhada em políticas sustentáveis. Quero igualmente que a União Europeia se torne a guardiã do multilateralismo, pois todos sabemos que temos mais força quando empreendemos em conjunto aquilo que não conseguimos fazer isoladamente.”
Os novos membros terão agora de ser submetidos ao crivo do Parlamento Europeu.
