Um novo estudo do Royal Veterinary College (RVC) identificou mais de 100 genes que podem contribuir para o risco de fratura óssea em cavalos puro-sangue.
Uma equipa de investigadores utilizou uma pontuação de risco poligénico para avaliar a possibilidade de fratura, de forma a estabelecer um novo modelo com células estaminais para produzir células formadoras de osso a partir de cavalos com risco elevado e baixo.
A equipa de cientistas mediu todos os genes expressos pelas células para identificar os que apresentavam níveis de expressão diferentes nas células ósseas de cavalos com risco mais elevado e de cavalos com risco mais baixo de fratura.
Assim, o estudo identificou 112 genes que podem estar envolvidos no risco de fratura em cavalos de puro-sangue, tendo demonstrado que muitos desses genes regulam a matriz óssea.
As fraturas ósseas são comuns em cavalos de corrida puro-sangue, devido às forças que os ossos podem experimentar. “Infelizmente, as fraturas ósseas são uma das principais causas de eutanásia, com aproximadamente 60 cavalos a serem sacrificados nas pistas de corrida do Reino Unido a cada ano. No entanto, as fraturas são uma condição complexa, com fatores de risco ambientais e genéticos que afetam a suscetibilidade de um cavalo”, referem os investigadores.
“As fraturas ósseas são um problema comum em cavalos de corrida puro-sangue, apesar de muitas mudanças nas pistas de corrida ao longo dos anos para reduzir os fatores de risco.
Sabemos que o risco de fratura tem um componente genético e desenvolvemos anteriormente uma pontuação de risco poligénico para fraturas para nos permitir identificar cavalos com risco aumentado”, referiu Debbie Guest, uma das cientistas responsáveis pelo estudo.