As organizações Federation of Veterinarians of Europe (FVE), Union of European Veterinary Practitioners (UEVP) e Federation of European Companion Animal Veterinary Associations (FECAVA) emitiram um comunicado conjunto em que pretendem alertar a opinião pública para os problemas criados pelo comércio de cães, defendendo que “o lucro nunca deve ser prioritário em relação à saúde e bem-estar animal e nunca deve prejudicar o consumidor”.
As associações exigem que o comércio de animais seja feito de uma “forma respeitadora e responsável” e pedem que se crie uma abordagem harmonizada que tenha em conta o bem-estar dos animais e a saúde pública, protegendo o consumidor.
O documento exige ainda a atenção dos Estados-Membros e dos legisladores europeus e reclama a criação de standards para a criação, comércio e manutenção de cães. “Os legisladores da União Europeia devem fazer da estandardização do comércio de cães uma prioridade e devem proteger o bem-estar dos animais com um novo Acto de Bem-Estar Animal, como foi votado no Parlamento Europeu em 2015”.
O comércio de animais tem merecido alguma atenção mediática nos últimos anos. Uma notícia recentemente publicada pelo britânico The Telegraph revela que a moda das raças de cães Pug e Bulldog tem impulsionado o crescimento do comércio ilegal de cães, sobretudo agora que nos aproximamos do Natal.
Os alertas têm surgido também no seio da comunidade médico-veterinária. De acordo com a British Veterinary Association (BVA) aparecem cada vez mais nos consultórios veterinários animais com chips estrangeiros e com idades que não correspondem à facultada nos documentos legais dos mesmos.