Entre todos os parâmetros avaliados nas ecografias, o tamanho da lesão da glândula suprarrenal é o melhor indicador de malignidade em cães. De acordo com o Argos Portal Veterinária, a conclusão é de um estudo recentemente publicado e que mostra que as lesões suprarrenais mais pequenas estão frequentemente associadas a um resultado benigno, enquanto as lesões maiores acabam por se revelar, muitas vezes, malignas.
Segundo a publicação, a ecografia para observar as lesões das glândulas suprarrenais e para avaliar as massas suprarrenais em cães é um dos métodos mais fiáveis. Porém, o objetivo deste estudo foi investigar que características ultrassonográficas das anomalias das glândulas suprarrenais podem ajudar a destingir as lesões benignas das malignas, um fator até aqui pouco estudado.
Para isso, os investigadores analisaram os registos clínicos de 119 cães que já haviam realizado uma ecografia da gândula suprarrenal e exames histológicos. Destes, 50 cães revelaram ter glândulas suprarrenais normais, enquanto 69 revelaram sofrer de patologias.
A análise posteriormente realizada mostrou também que existe uma associação significativa entre o tamanho da lesão e os tumores malignos: todas as lesões da glândula suprarrebnal com um tamanho superior a 20 mm de diâmetro foram histologicamente confirmadas como neoplasias malignas.
Por outro lado, o estudo indica que a aparência anormal das estruturas nas imagens ultrassonográficas, seja no tamanho da lesão, na forma, na lateralidade ou na ecotextura, pode ajudar ao diagnóstico.