Uma equipa de investigadores brasileiros revelou ter detetado pela primeira vez Leishmania infantum no fluído seminal e no útero de cães e cadelas infetados de forma natural, e também isolou o parasita no interior dos canais das glândulas mamárias.
O estudo – Occurrence of Leishmania infantum and associated histological alterations in the genital tract and mammary glands of naturally infected dogs – analisou 22 cães e 20 cadelas seropositivas a L. infantum, nos quais também tinha sido isolado o parasita. Os investigadores obtiveram amostras de tecido do prepúcio, glande, testículos, próstata, vulva, vagina, útero, trompas e glândulas mamárias, que foram analisadas por imuno-histoquímica e histopatologia.
34 animais (85% dos incluídos no estudo), dos quais 18 cães e 16 cadelas, resultaram positivo para Leishmania; 27 eram assintomáticos apesar de serem portadores do parasita. De todos as cadelas, em 13 isolou-se L. infantum a partir da glândula mamaria e, tal como indicado pelos autores, no estudo foi isolado o protozoário no fluido seminal e no útero dos animais infetados naturalmente.