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Especial Startups

“Queremos acompanhar a grande revolução industrial – Indústria 4.0 – e aplicar as novas tecnologias à prática clínica”

Pet Universal lança nova plataforma de gestão veterinária

>Não é só da Simatix que se faz o universo do empreendedorismo na área da medicina veterinária. A Pet Universal, startup 100% nacional que criou um software de gestão hospitalar que monitoriza em tempo real os animais hospitalizados, também tem dado que falar.

Luís Pinto, CEO da empresa, explica à VETERINÁRIA ATUAL que a Pet Universal é fruto da sua “necessidade de fazer algo mais”. “Comecei a desenvolver o Pet Shelter, um sistema gratuito de gestão para associação de animais, bem como uma plataforma de apoio à adoção. Mais tarde, quando conheci o Vitor, enquanto meu aluno de programação rapidamente percebi que seria um ótimo parceiro neste projeto e juntos começámos o sonho de transformar este projeto num negócio rentável.”

Não foi só um sonho. O projeto nasceu mesmo, totalmente focado na medicina veterinária e com o objetivo de providenciar soluções para veterinária e para ajudar aqueles que ajudam outros todos os dias.

“O projeto começou sem qualquer financiamento. Enquanto cada um teria de garantir o seu sustento, as despesas comuns eram divididas. No decorrer dos meses, entre prémios e vendas, conseguimos receber algum apoio financeiro” para o arranque do projeto, que segundo o seu fundador “permite aos veterinários poupar tanto na gestão das fichas em papel”, como “aumentar o rigor e a organização clínica”.

Sobre a ‘revolução das startups’ a que se assiste em Portugal, Luís Pinto defende que “não há dúvidas de que estamos num período de grande revolução catalisado pelas tecnologias em todos os mercados. O mercado da veterinária não é exceção. A Pet Universal está focada na qualidade e na eficiência clínica, acreditamos que novos paradigmas de gestão e de organização suportados em software irão impactar a forma como os nossos pets são tratados de uma forma muito positiva. Pretendemos acompanhar a grande revolução industrial que se manifesta – Indústria 4.0 – e aplicar todas estas novas tecnologias e potencialidades à prática clínica. Outras startups, focadas noutras vertentes – donos, comida, brinquedos – estão também a influenciar a forma como os negócios são criados no mundo Pet.”

Além disso, acrescenta que Portugal é cada vez mais “um país onde muito se fala sobre startups e onde este fenómeno está a ganhar sérias proporções. Muitas oportunidades foram criadas para apoiar os empreendedores e nós próprios usufruímos de algumas delas. Porém, como em tudo neste país, há muito dinheiro a ser mal aplicado, muita publicidade enganosa sobre o empreendedorismo ser algum tipo de salvação. Para aqueles que entendem que tudo se faz com trabalho árduo e muito esforço há sempre espaço para um negócio de sucesso. Mas para a maioria que anda atrás de uma ilusão criada por esta moda, na expectativa de que alguém os vai financiar e ensinar como fazer dinheiro, nada de bom se avizinha…”

Uma advertência que é também feita por Ricardo Faustino, da Simatix: para o empreendedor é importante que reflitamos sobre o “elevado índice de mortalidade” das startups nos seus primeiros anos de atividade. “Em Portugal é perfeitamente possível realizar projetos de elevada qualidade. O problema é que Portugal é um paradoxo. O filósofo português José Gil escreveu um excelente livro, ‘Portugal, Hoje: O Medo de Existir’. Se não acreditasse que fosse possível, já teria ido embora. Se no futuro, em Portugal, não existirem condições para continuar, então, infelizmente, terei que ir embora, mas com o sentimento de um dever cumprido.”

Simatix Ricardo Faustino, fundador da Simatix

Por outro lado, garante que “por muito boa ideia que uma startup tecnológica tenha, o impacto que pode ter no mercado é função da capacidade de absorção de novas ferramentas de trabalho, o que de forma indireta nos dá o nível de excelência pretendido para o presente e para o futuro. Não depende só da tecnologia disponível, é preciso a criação de sinergias e um profundo trabalho de sensibilização e formação transversal a todas as áreas.”

Amanhã revelamos como a Petable está a investir no setor da medicina veterinária

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