Um grupo de investigadores dos Estados Unidos da América focou-se numa classe de compostos que possuem propriedades antibióticas. Um dos compostos estudados foi a nisina, um peptídeo antimicrobiano natural produzido por Lactococcus lactis e que pode ser sintetizado em laboratório para ser adicionado em produtos alimentares. Tem potencial aplicação em inúmeros campos, como farmacêutico ou veterinário.
A comunidade científica já conhecia a sequenciação do gene da nisina há alguns anos, mas a forma como as mudanças ocorrem na célula até esta obter a sua forma final ainda não era conhecida.
“Os peptídeos são como o esparguete, são demasiado flexíveis para fazer o seu trabalho. Por isso o que a natureza faz é tornar esses peptídeos cíclicos”, refere Wilfred van der Donk, principal autor do estudo.
Segundo o autor, esta forma circular é essencial para a função antibiótica da nisina: dois deles interrompem a construção das paredes bacterianas, enquanto as outras fazem buracos nas membranas das bactérias. “Esta dupla ação é especialmente eficaz, tornando muito mais difícil para os micróbios criarem resistência ao antibiótico”, conclui o autor.
Mais informações aqui.