INFARMED decide sortear atribuição de farmácias

«No dia do sorteio, colocar-se-á um papel branco com o nome de cada candidato no interior de um envelope fechado, o qual seguidamente será introduzido numa tômbola transparente. Depois de rodada a tômbola e devidamente misturados os envelopes, será extraído manualmente pelo responsável encarregue da supervisão do sorteio ou por uma das duas pessoas que o auxiliam, um dos envelopes», explicou o INFARMED, citado pelo “Correio da Manhã”.
A decisão está já em vigor apesar de não haverem farmácias para atribuir. Das 350 que deverão abrir, 164 podem continuar a ser da responsabilidade de farmacêuticos, caso estes decidam abandonar os seus estabelecimentos nas grandes cidades e mudar-se para a periferia. Quando este processo terminar, ficam, pelo menos, 136 farmácias para andar à roda.
Sorteio é um “método célebre e moderno”, diz presidente do INFARMED
Para o presidente do INFARMED, Vasco Maria, o sorteio constitui um método «célere e moderno» apesar de ter sido bastante contestado pelos farmacêuticos que acusaram a tutela de não estabelecer qualquer critério de qualidade para seleccionar aqueles que serão responsáveis por um espaço onde são prestados cuidados de saúde.
Por outro lado, criticaram o facto de ser prejudicial aos jovens farmacêuticos que pretendem entrar na profissão.
Já para Vasco Maria os requisitos de qualidade já estão definidos na lei e não há necessidade de voltar a impor critérios aos interessados. Além disso, o responsável máximo do INFARMED defendeu que, desta forma, se evita que os concursos se arrastem por anos, como tem vindo a acontecer, devido aos recursos daqueles que são preteridos. Agora para concorrer será necessário pagar uma caução de 25 mil euros.
Para já, só falta mesmo a tômbola. Questionado pelo “CM” sobre se a tômbola já foi adquirida, o INFARMED apenas respondeu que «tratará de todas as questões logísticas de pormenor de acordo com a necessidade de efectuar os referidos sorteios».