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Vírus do Nilo Ocidental: Novo e melhorado teste para diagnosticar infecções em cavalos

Vírus do Nilo Ocidental: Novo e melhorado teste para diagnosticar infecções em cavalos

Um novo teste para identificar infecções pelo vírus do Nilo Ocidental em cavalos, o qual é passível de ser modificado para uso em humanos e espécies selvagens, poderá ajudar a identificar o alastramento da doença, de acordo com um artigo publicado na edição de Setembro do “Journal of Medical Microbiology”.

O vírus do Nilo Ocidental infecta um largo espectro de animais, incluindo humanos, cavalos, cães, gatos, morcegos, esquilos, coelhos e aves. Está bastante disseminado em África, Médio Oriente e na Europa e foi primeiramente reportado na América do Norte em 1999, altura em que ocorreram casos fatais em humanos, em Nova Iorque. Desde a sua chegada aos Estados Unidos, que se disseminou rapidamente através do continente.
O vírus pode causar encefalites, as quais podem relevar-se fatais, e é transmitido por várias espécies de mosquito. Como estes, por sua vez, se alimentam de um largo leque de distintas criaturas, o vírus alastra-se rapidamente nas áreas onde é introduzido.
«Milhares de casos de vírus do Nilo Ocidental têm sido reportados em todo o mundo, mas 80% das pessoas infectadas não mostram qualquer sintoma», disse Louis A. Magnarelli, director da Connecticut Agricultural Experiment Station, nos Estados Unidos. «É importante poder recorrer a testes altamente específicos e sensíveis para diagnosticar as infecções e também ajudar a identificar a ecologia e epidemiologia da encefalite provocada pelo vírus do Nilo Ocidental».
Os investigadores americanos descobriram que um novo teste, desenhado para detectar anticorpos produzidos por cavalos, é altamente eficaz no diagnóstico de infecções pelo vírus do Nilo Ocidental. Em comparação com os testes padrão, o novo é muito mais rápido e produz resultados precisos, tendo-se igualmente revelado útil a comprovar infecções passadas.
«Embora os métodos desenvolvidos sejam para o diagnóstico do vírus do Nilo Ocidental em cavalos, os procedimentos podem facilmente ser modificados para desenvolver novos testes de anticorpos em humanos e espécies selvagens», assegurou Magnarelli. «É essencial testar as espécies selvagens para perceber se existem infecções e determinar os aspectos ecológicos e epidemiológicos das infecções do vírus do Nilo Ocidental na natureza, de modo a que possamos tentar controlar a doença através da gestão da população de mosquitos», acrescentou.
O diagnóstico de encefalite do Nilo Ocidental em cavalos ajuda a identificar áreas onde o vírus se está a disseminar e a tomar decisões acerca da vacinação dos cavalos. O diagnóstico laboratorial também pode ajudar a clarificar a causa de desordens neurológicas não diagnosticadas, explicou.
«Testámos 43 cavalos de proprietários privados para a infecção. Os resultados mostram que nenhum dos animais com doença não diagnosticada foi alguma vez, anteriormente ao surto de 1999 no Connecticut, infectado», disse Magnarelli. «Este tipo de informação é útil na confirmação da epidemiologia do vírus, determinando a altura em que chegou a certas áreas e de que modo se disseminou».

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