Em declarações à rádio “TSF”, Regateiro garante que a transformação em Entidade Pública Empresarial (EPE) não implicará a redução de serviços, despedimentos ou aumento de preços. Pelo contrário. A mudança «vai criar condições para servir melhor os utentes», assegurou o responsável.
Na prática, o responsável considera que a gestão empresarial vai permitir maior agilidade e autonomia. «Se podemos ter um instrumento que permite gerir melhor e obter mais eficiência, vamos ter ganhos sem prejudicar a assistência», completou.
O responsável salientou ainda a necessidade de «concentrar as consultas externas num pavilhão, numa área própria que terá que ser construída», o que implica um investimento que irá agora acontecer. «Podemos fazer mais, sem aumentar significativamente a despesa», salientou.
Os HUC, que realizam mais de meio milhão de consultas por ano, terão um capital estatuário de 108 milhões de euros, numa dotação faseada, juntando-se assim ao Centro Hospitalar da Póvoa do Varzim e Vila do Conde e ao Hospital de Faro, que também terão, a partir de hoje, gestão empresarial.
OM manifesta preocupação face à gestão empresarial
O presidente da secção regional centro da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, considera que o capital estatutário de 108 milhões de euros, que vai chegar de forma faseada, poderá complicar o funcionamento dos serviços hospitalares.
«Estamos a falar de promessas que não sabemos quando são cumpridas, como serão cumpridas nem como será feito esse faseamento», explicou à “TSF”.
José Manuel Silva acredita que esta situação «provoca, mais uma vez, constrangimentos aos Hospitais da Universidade de Coimbra».
«A definição de um baixo, baixíssimo, ridículo até, capital estatutário, faz com que as nossas preocupações aumentem», frisou.
