«Uma casa longe da casa», diz a sua criadora, para utentes que vivam fora da grande Lisboa, incluindo residentes nas ilhas e nos países africanos de língua oficial portuguesa.
Pertencente à Fundação Infantil Ronald McDonald (FIRM), a obra tem como principais preocupações «a saúde e o bem-estar das crianças» e representou um investimento de um milhão de euros, num terreno cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, valor angariado pela fundação.
A residência disponibiliza dez quartos, duas salas de estar, a cinco minutos do Hospital, «onde os membros das famílias poderão dormir, comer, tratar das suas roupas, descansar e encontrar apoio de outras famílias vivendo situações semelhantes», explicou o director-executivo da FIRM em Portugal, João Sá Nogueira.
O protocolo entre a FIRM e a Dona Estefânia estabelece que a selecção das famílias é da responsabilidade dos serviços sociais do hospital pediátrico e a gestão da casa fica a cargo da fundação. Daí que a instituição de solidariedade social enfrente o desafio de «angariar fundos na ordem dos 180 mil euros para assegurar a manutenção anual da residência», o que leva a que Sá Nogueira considere «prematuro» falar de novos projectos.
Agora, este projecto entre a instituição privada sem fins lucrativos e o hospital pediátrico «poderá alargar-se a todas as crianças internadas noutros serviços do CHLC, como por exemplo o Serviço de Cardiologia Pediátrica do CHLC – Hospital de Santa Marta», segundo adiantou, ontem, ao “Público”, o Conselho de Administração.
Hospital de Santo André vai recorrer de condenação da Relação
O hospital de Santo André, em Leiria, vai recorrer de uma condenação do Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) por negligência grosseira, negando que uma compressa encontrada no abdómen de uma paciente seja sua, afirmou fonte da instituição.
«O pano cirúrgico que foi encontrado no abdómen é verde, mas o hospital só utiliza azuis», disse a mesma fonte, citada pelo “Diário Digital”, sustentando a recusa da instituição em pagar os 25 mil euros de indemnização ordenada pelo TRC.
Do outro lado, a vítima, Celeste Pereira, entrevistada pelo “Correio da Manhã”, alega que também vai recorrer da decisão, por considerar a indemnização demasiado baixa.
A vítima assegura que o hospital se esqueceu de uma compressa no abdómen durante uma operação dos ovários em 2001, e só dois meses depois é que o caso foi detectado, quando o pano foi retirado numa nova intervenção no hospital da Guarda.