Com mais de quatro anos de atividade, o GHVS tem vindo a crescer de forma saudável e sustentada, muito devido à aposta contínua em serviços diferenciadores e inovadores. Para 2016 espera-se a consolidação de tudo aquilo que tem vindo a ser implementado, nunca descurando a qualidade em prol de clientes exigentes.
São quase 40 os profissionais que compõem a estrutura do GHVS – Hospital Veterinário, localizado em Almada. Entre eles 16 médicos veterinários, 11 enfermeiros médico-veterinários, sete rececionistas e duas telefonistas a trabalhar em back office. Inaugurado em novembro de 2011, tem vindo a crescer com a introdução de novas técnicas, novos equipamentos e a aposta na inovação. “A saúde do animal é a nossa vida” é o slogan deste hospital integrado numa empresa, que detém ainda três clínicas localizadas também na margem sul. Nas mesmas, a aposta passa sobretudo pela Medicina Profilática, venda de produtos e pequenos tratamentos, existindo “uma grande proximidade entre o médico veterinário e o cliente”, revela Ana Paula Abreu, diretora clínica do GHVS. O hospital acaba por ser a retaguarda das clínicas sempre que necessário. Seja por motivo de internamento ou por necessidade de cirurgias mais complexas, alguns animais acabam por ser reencaminhados das clínicas para o hospital. “Nestes quatro anos temos vindo a sedimentar o projeto e conseguimos alcançar os objetivos que havíamos traçado no início”.
Durante estes anos de atividade, a diretora clínica do GHVS tem assistido a uma mudança de paradigma, quer da classe médico-veterinária, quer da relação dos clientes com os seus animais. “Considero que as pessoas estão cada vez mais exigentes e procuram serviços de qualidade. Não nos posicionamos no setor low cost. No entanto, uma das diretrizes da administração passa por praticar valores acessíveis, não descurando a qualidade dos serviços”, assinala.
Visivelmente satisfeita com a evolução do hospital, Ana Paula Abreu destaca o recente investimento no equipamento de TAC, a funcionar desde dezembro último. Ainda é cedo para fazer balanços, mas as expetativas são elevadas. “É o único na margem sul no momento. Atualmente contamos com médicos veterinários com formação em neurologia e quando existem clínicas a referenciarem-nos casos de pacientes para se submeterem a uma TAC, damos um relatório certificado.
Como meio de diagnóstico muito utilizado hoje em dia, a administração do hospital conta organizar um workshop sobre a forma como o equipamento está a ser utilizado, como são efetuadas as leituras e os clínicos do GHVS realizam este exame. “Atualmente estamos a fazer TAC’s, não só a nível neurológico, como também a nível de oncologia e ortopedia. Tanto no que respeita aos nossos clientes, como aos clínicos de CAMV’s nos arredores, o balanço é muito positivo”, sublinha. O bloco operatório também sofreu uma reformulação, passando a ser possível a realização de cirurgia laparoscópica. “Permite-nos fazer a esterilização de cadelas de uma forma muito mais rápida e com uma recuperação muito mais célere. As pessoas procuram cada vez mais esta cirurgia diferenciadora porque é mais cómoda e menos invasiva. Também nos permite ver determinado órgão in loco e realizar exames de diagnóstico através da laparoscopia”, adianta Ana Paula Abreu. O bloco operatório está ainda equipado para a realização de cirurgia a laser. “Continuamos também realizar cirurgia por cataratas por facoemulsificação”.
Aposta na formação
O ano de 2015 ficou ainda marcado pela certificação Gold Standard Cat Friendly. O hospital passou a contar com um consultório, sala de espera e zona de internamento específico para os felinos, estando reunidas as condições para tratar os gatos de forma individual. Está ainda em equação um o desenvolvimento de um tipo de vacinação específico. “É urgente desmistificar os cuidados profiláticos ao nível dos gatos. Como são animais indoor, os proprietários acham que está tudo bem e quando procuram o médico veterinário, muitas vezes, já são situações mais complicadas e com caráter de urgência”, destaca a responsável. Ana Paula Abreu destaca ainda o workshop sobre Medicina Transfusional a realizar no dia 9 de abril, nas instalações do hospital, e que vai contar com a presença de Luís Miguel Viñals, do Centro de Transfusión Veterinário, que será assessorado pelo responsável do BSA do hospital, Nuno Leitão (ver caixa).
Esta tem sido uma das grandes apostas do GHVS: a Escola de Formação. Com uma sala ampla e devidamente equipada, são muitos os cursos e workshops realizados, tanto para proprietários de animais, como para profissionais de Medicina Veterinária. “Sempre tivemos cursos de auxiliares de clínica veterinária. A grande novidade é que estamos atualmente certificados pela Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT). Paralelamente começámos uma parceria com a Escola de Formação Europeia, a NeoAnimalia, que tem uma enorme experiência na área, que já está a trabalhar com a Universidade CEU Cardenal Herrera, de Valencia, e que tem agora uma ligação com o nosso país através do GHVS”. Neste momento, o GHVS está na fase de co-validação de créditos com a Faculdade de Medicina Veterinária. Está já programado um curso de diagnóstico por imagem, a realizar durante dois fins-de-semana de maio (7 e 8; 21 e 22) cujas inscrições estão abertas (ver caixa). “A NeoAnimalia quer conferir uma qualidade completamente diferente aos cursos de formação existindo a preocupação em aliar uma componente teórica e prática. As pessoas têm de desenvolver trabalhos em casa e enviar a informação para ser creditada”. Os valores da escola espanhola estão em sintonia com aquilo que o hospital defende, justificando-se a parceria.
No primeiro andar do hospital, numa sala anexa, encontra-se a funcionar a fisioterapia desde há dois anos. “A sala está equipada com um aparelho laser, electroestimulação e passadeira para cães, apesar de não termos piscina. Nos animais obesos, geriátricos e nos pós-cirúrgicos ortopédicos não sentimos necessidade de um investimento tão elevado numa piscina. São meios úteis, mas o valor que teríamos de cobrar ao cliente para fazer face ao investimento é muito elevado e afasta-se um pouco daquilo que defendemos e dos nossos objetivos: a qualidade com valores acessíveis”, defende a responsável congratulando-se por conseguir alcançar os mesmos resultados com o equipamento que o hospital possui.
Serviços à medida de clientes exigentes
Uma das preocupações da administração passa por ter serviços diferenciados. Foi nesse sentido que surgiu o check up geriátrico. É feita uma avaliação da pressão arterial, da alimentação que os cães e gatos fazem, realiza-se o doseamento de glicemia e consoante as alterações encontradas, o animal é encaminhado para uma consulta de especialidade (cardiologia ou endocrinologia, por exemplo). “Já este ano lançámos os planos de saúde, que acabam por ser mais acessíveis para o cliente do que pagar de forma isolada todos os serviços”. Depois de apresentadas as várias hipóteses e de transmitidas as informações sobre os vários serviços, compete aos clientes escolher.
Ana Paula Abreu considera que a Medicina Veterinária tem evoluído positivamente e de “forma saudável” nos últimos anos. “A maioria dos médicos veterinários que se dedica à clínica de pequenos animais desenvolve um trabalho de grande qualidade. Claro que há exceções à regra. Podemos fazer muito mais”, diz-nos. No que respeita aos proprietários, é uma realidade que os animais são “elementos do agregado familiar”. É também por este motivo que o hospital pretende manter “um médico veterinário de família”, independentemente das consultas de especialidade que venham a ser necessárias. Assim que saem de determinada consulta, existe o cuidado por parte das rececionistas de agendar a visita seguinte com o mesmo médico, para que seja garantida a continuidade e proximidade com o cliente. Quando se trata de marcar ou desmarcar consultas é por telefone que os clientes contactam o hospital, mas “cerca de 80% das dúvidas colocadas são enviadas por email”. O GHVS divulga informações regularmente na página de Facebook e no site www.ghvs.pt.
Neste hospital onde “existe total ausência de taxas de urgência”, os turnos noturnos são assegurados – sempre – por um médico veterinário e um enfermeiro. A média de 100 / 120 consultas por dia e de 20/40 internados por dia tem contribuído para consolidar a atividade do hospital. Durante as férias da páscoa e de verão prevê-se um aumento de afluência de cães e gatos, que serão internados para passar alguns dias. Para tal foram criadas dez suites, na parte exterior, com nomes ligados ao lazer (Sunset, Green, Holistic, Thai, Girassol, Aquarium, entre outros). O espaço “zen” permite dar descanso aos proprietários e proporcionar dias diferentes aos animais de companhia. Com a mais-valia de que, se tiverem algum problema de saúde, são tratados imediatamente.