A confirmação das ilegalidades foi feita por uma fonte da DGV a quem o Jornal de Notícias inquiriu. Segundo o matutino, a parceria feita entre as duas instituições, que datava do ano 2000, previa o envio de “animais vivos e saudáveis” para serem usados no curso de Medicina Veterinária. Alegadamente, pelo menos 28 cães foram sujeitos a “simulações de cesarianas, esterilizações, castrações e anestesias diárias durante vários dias seguidos”, naquele Hospital Universitário.
Em declarações à Agência Lusa, Susana Pombo, Diretora-Geral de Veterinária, afirmou que, “com base nos resultados da vistoria, diligenciamos, junto da Câmara de Évora, o apuramento desta situação, nomeadamente da responsabilidade do município”. O presidente da autarquia, José Ernesto Oliveira, confirmou entretanto o sucedido e garante que as investigações sobre o caso irão continuar.
Este caso foi dado a conhecer por um grupo de estudantes que denunciou há cerca de três meses a utilização de cães vivos, no referido Hospital, cujo fim era o abate. A atual legislação em vigor impede a utilização de animais vivos em universidades para fins didáticos e regulamenta a sua cedência apenas a entidades particulares ou associações zoófilas.