Em causa estão notícias que surgiram em julho e que revelaram que não se fizeram colheitas de amostras em janeiro e fevereiro, ao contrário do habitual, bem como o facto de os laboratórios não terem dinheiro para fazer as análises.
A informação resulta das respostas dadas pelo ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) que afirma “a dívida da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) ao INIAV relativa à execução laboratorial de planos de 2010 e 2011 ascendia a 981 mil euros, tendo sido liquidados este ano 352 mil euros” e acrescenta que a situação deve manter-se durante o resto do ano e em 2013 “uma vez que os laboratórios nacionais estão a tentar colmatar falhas na validação e acreditação de algumas metodologias”.
Segundo o jornal SOL, o governo confirmou que o INIAV “destruiu algumas amostras uma vez que o tempo decorrido entre a colheita da amostra e a sua possível execução analítica era superior a um ano” e adiantou que “em 2012 foram enviadas para laboratórios europeus 680 amostras”.
Quanto à falta de recolha de amostras em janeiro e fevereiro, o MAMAOT afirma que a legislação não obriga a recolher amostras alimentares todos os meses, indicando apenas que as colheitas devem ser feitas “a intervalos variáveis ao longo do ano”.