Um estudo da Small Animal Veterinary Surveillance Network (SAVSNET) da Universidade de Liverpool revela que nas clínicas veterinárias onde foram postos em prática programas de controlo da administração de antimicrobianos existiu uma redução da prescrição de antimicrobianos de importância crítica e de maior prioridade (HPCIA, sigla em inglês) até 40%, avanço o Vet Times.
Todas as clínicas envolvidas na investigação tinham sido anteriormente identificadas como grandes prescritoras de HPCIA e foram, de forma aleatória, divididos em três grupos – um grupo de controlo, um grupo com intervenção ligeira e um grupo com intervenção pesada. Ao todo estiveram envolvidos 60 centros veterinários, 20 por cada grupo.
Após oito meses do início das intervenções, ambos os grupos em que existiu programas de controlo diminuíram a prescrição de HPCIA para gatos: o da pequena intervenção diminuiu em 17%; já o alvo de grande intervenção diminuiu 40%.
Quanto aos cães, a única descida substancial foi vista no grupo com intervenção pesada: diminuiu 23% a prescrição.
“É vital que a profissão veterinária abrace o uso responsável dos antimicrobianos, para salvaguardar a saúde humana e animal e para preservar o direito de prescrever certos antimicrobianos que são importantes na medicina humana”, afirmou o líder da investigação, David Singleton.
“Este ensaio demonstra que os médicos veterinários de animais de companhia respondem à notificação de que estão fora de uma ‘norma social’ (isto é, que prescrevem com grande frequência os HPCIA) e respondem ao envolvimento em programas estruturados de controlo de administração de antimicrobianos”, acrescenta o investigador.
As descobertas, que foram publicadas no Nature Communications, estão a ser utilizadas no desenvolvimento de um sistema de controlo de antimicrobianos veterinários no Reino Unido, em colaboração com a SAVSNET, o CVS Group e o RCVS Knowledge.