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Investigação

Estudo analisa condições que levam a mais mortes por eutanásia em cães

O novo estudo da RVC revelou os tipos de doenças e condições mais prováveis de levar à morte por eutanásia em cães.

O novo estudo liderado por investigadores da Royal Veterinary College (RVC) revelou os tipos de doenças e condições mais prováveis de levar à morte por eutanásia em cães. O artigo científico tem como objetivo ajudar os médicos veterinários e os tutores em discussões sobre os cuidados de fim de vida, noticia o portal VNonline.

O estudo, publicado na revista Scientific Reports, mostra que a desordem da medula espinhal, a incompetência, a má qualidade de vida e o comportamento indesejável estão entre as condições mais prováveis de levar à eutanásia.

 

Os pesos corporais maiores, o aumento da idade e certas raças de cães também foram considerados fatores de risco significativos.

Os investigadores descobriram que, na maioria dos casos, cabe ao tutor e ao médico tomar a decisão de adormecer o cão. Um total de 2.676 mortes (91,5 por cento) no estudo envolveram a eutanásia, enquanto 2.487 (8,5 por cento) foram mortes sem assistência.

 

Também descobriram que os rottweilers são mais propensos a morrer por eutanásia em comparação com os labradores retrievers, utilizada como a raça de base padrão. Inversamente, raças mais pequenas como bulldogs, pugs e terriers brancos de West Highland mostram-se mais propensas a ter mortes sem assistência, causadas por lesões traumáticas, corpos estranhos e doenças cardíacas.

Comentários dos investigadores

A autora do estudo, Camilla Pegram, epidemiologista do RVC, afirmou que “este estudo fornece dados de referência para a proporção relativa de mortes que envolvem a eutanásia e para o impacto relativo da demografia e das perturbações na tomada de decisões sobre a eutanásia”.

 

“Os tutores e profissionais veterinários podem achar mais fácil discutir opções de fim de vida, chegar a uma decisão final e estar confortável com estas decisões com base num sentimento de apoio mais amplo das ações relatadas de outros em situações semelhantes”, acrescenta a investigadora.

O coautor do estudo, Dan O’Neill, professor sénior em epidemiologia dos animais de companhia no RVC, espera que “a informação deste estudo possa, pelo menos, ajudar alguns tutores a aceitar a responsabilidade de ajudar o seu cão a morrer com dignidade. Compreender que mais de 90 por cento dos outros proprietários também optaram pela eutanásia pode ajudar qualquer pessoa que lute para tomar esta decisão final e muito difícil”.

Outras conclusões-chave do estudo
  • A idade média na morte de cães eutanasiados (12,1 anos) era maior do que a idade média dos cães que morreram sem assistência (9,9 anos);
  • Uma idade mais avançada na morte foi associada a um risco acrescido de eutanásia em relação à morte sem assistência, com cães com idades iguais ou superiores a 15 anos a possuir 5,9 vezes mais risco de eutanásia em comparação com cães com menos de 6 anos.
  • O peso corporal (kg) foi associado à eutanásia, com cães com peso entre 20 e menos de 30kg a ter um risco 1,24 vezes superior em comparação com os cães com menos de 10kg.
 

Os investigadores analisaram informações de mais de 29.000 cães que morreram ao longo de um ano para avaliar simultaneamente as diferentes causas de morte e avaliar os seus impactos na tomada de decisões.

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