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Animais de Produção

Portugal lidera grupo de países da UE contra proibição do transporte de animais vivos

Portugal lidera grupo de países da UE contra proibição do transporte de animais vivos

Portugal está a liderar uma coligação de nove países que está contra a proibição do transporte de animais vivos para exportação fora da União Europeia. Tal surge numa altura em que a Comissão Europeia está a preparar alterações à legislação atual de bem-estar animal, cuja proposta deve ser apresentada na segunda metade do ano.

De acordo com o portal Euractiv, a ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes,  defendeu que a revisão das leis de bem-estar animal deve assegurar “altos níveis de bem-estar animal intra-UE e na exportação de animais vivos” em vez de uma proibição total.

 

A ministra salientou que sendo o transporte de animais uma das “partes mais visíveis da produção animal”, “chama a atenção e a preocupação do nosso público”.

Por sua vez, o ministro da agricultura espanhol, Marc Fesneau, afirmou que “esta é uma questão muito sensível para o nosso setor pecuário, bem como para outros países periféricos da UE”.

 

No entanto, a comissária para a Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides, defendeu que, à luz da evidência científica, “fazer nada não é uma opção”.

“Se a ciência e a experiência nos dizem que certas práticas de transporte são prejudiciais ao bem-estar dos animais, concordaria comigo que devemos considerar formas de ajustar essas práticas”, declarou.

 

Outros estados-membros como a Alemanha, Dinamarca e Países Baixos estão a favor da proibição. “Não podemos continuar a ver os animais morrerem dolorosamente na estrada ou sofrer desnecessariamente”, disse o ministro alemão Cem Özdemir.

A Alemanha, em novembro, já adotou medidas para restringir o transporte de animais vivos para países terceiros o máximo possível ao nível nacional e anunciou a retirada dos certificados veterinários para bovinos, ovinos e caprinos até meados de 2023.

 

Em outubro, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (AESA) publicou um parecer científico em que afirmava que os tempos de transporte de animais deveriam ser reduzidos para melhorar o bem-estar dos animais de produção durante o transporte e o risco de propagação da resistência antimicrobiana.

Uma consulta pública sobre a revisão da legislação do bem-estar animal, que decorreu de 15 de Outubro de 2021 até 21 de Janeiro de 2022, revelou que 94% dos europeus consideraram que a exportação para países fora da UE devia ser proibida.

 

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