O projeto Improving GreeN Innovation for the blue revoluTION: new tools and opportunities for a more sustainable animal farming (IGNITION) quer testar e oferecer novas ferramentas não invasivas para melhorar a saúde animal e ajudar a atenuar os efeitos adversos do stress em espécies produzidas em aquacultura.
Segundo explicado pela Universidade do Porto, o projeto liderado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR), a desenvolver durante os próximos quatro anos, pretende que as ferramentas ajudem a mitigar os efeitos adversos das alterações climáticas em variadas espécies de animais aquáticos.
“Pretendemos contribuir para mudar o setor de aquacultura, tornando-o mais sustentável e fazendo do bem-estar dos animais a nossa grande prioridade”, explica o investigador principal do grupo de investigação Saúde Animal e Aquacultura do CIIMAR e coordenador do IGNITION, Benjamín Costas.
Um dos focos do projeto é contribuir com novo conhecimento através de técnicas avançadas de biologia molecular que permita contribuir para o desenvolvimento de estratégias de reprodução de peixes e bivalves.
O IGNITION passa também por otimizar estratégias de profilaxia que possibilitem reduzir o uso de fármacos durante a produção em aquacultura e minimizar a pressão ambiental do setor. Para isso, serão testadas técnicas de imunização, em particular durante as primeiras fases de vida dos animais.
“Assegurar o bem-estar animal durante o seu ciclo de vida é por si só de extrema importância, mas resultará também na obtenção de um produto final de elevado valor nutricional e, consequentemente, irá contribuir para uma maior produtividade e sustentabilidade do setor”, aponta o investigador Benjamín Costas.
O responsável lembra ainda que “é crucial prevenir ou reduzir o impacto de doenças”. Nesse contexto, “as ferramentas desenvolvidas pelo IGNITION irão diminuir a colonização e o contágio entre animais por agentes patogénicos, incluindo microorganismos multirresistentes”.