Os fogos que devastaram a região Centro e Norte do país a 15 de outubro deste ano deverão ter provocado a morte de centenas de milhares de animais. Os números foram revelados na passada semana pelo Ministério da Agricultura em resposta a um pedido de esclarecimento do deputado do PAN, André Silva.
No documento enviado pelo Gabinete do Ministro da Agricultura pode ler-se que os registos de comunicações de morte efetuados na região no Sistema Nacional de Informação e Registo Animal (SNIRA), até à data de 30 de outubro, assim como as informações recolhidos pela DGAV, contabilizaram 881 bovinos, 5 398 ovinos e caprinos e 1 091 suínos mortos. As estimativas dos operadores económicos da região, por sua vez, indicam que poderão ter morrido cerca de 500 mil aves.
De acordo com o Ministério da Agricultura foram dadas “de imediato” instruções para promover o “rápido enterramento dos animais mortos nos incêndios” e tomadas medidas para apoiar os animais que sobreviveram.
Uma das medidas que foi desde logo operacionalizada foi a criação de uma linha de crédito de 5 milhões de euros para compensar os produtores pelo aumento dos custos de produção resultantes da seca extrema que se vive no país e que foram agravados depois dos incêndios de outubro.
Além disso, em colaboração com as comunidades intermunicipais e os municípios atingidos, o Ministério da Agricultura levou a cabo uma ação de distribuição de alimentos compostos de emergência e palha. Esta distribuição continuará a ser feita nos próximos meses, de forma faseada, em função das necessidades estimadas de alimentação, podendo chegar às 4500 toneladas de ração e 600 toneladas de palha, garantem os responsáveis pela pasta da Agricultura.