A Associação Portuguesa de Buiatria (APB) elegeu no passado mês de novembro os seus novos órgãos sociais para o triénio de 2017-2020. A VETERINÁRIA ATUAL falou com Miguel Quaresma, o novo Presidente da Direção da associação, segundo o qual uma das primeiras medidas a implementar é fazer com que novos buiatras se juntem à associação.
“A mudança nos órgãos sociais da Associação Portuguesa de Buiatria ocorreu de forma calma, em continuidade e num ambiente de grande colaboração, pelo que não existem problemas urgentes graves a resolver pela nova Direção. No entanto existem algumas questões que exigem a nossa atenção imediata. Pretendemos implementar novas formas de parceria e divulgação que tragam de novo para a APB os associados que se afastaram e que façam os buiatras que nunca foram sócios da APB juntarem-se a nós. Para tal tornaremos mais visível o nosso trabalho através da sua divulgação junto da classe e sociedade civil e estamos já a contactar parceiros para criar colaborações que tragam mais-valias aos nossos associados”.
“Numa altura da vida em sociedade em que o tempo é sempre escasso e que a informação é abundante e a dificuldade é a sua seleção, a APB tem de chegar aos associados rapidamente e de forma proactiva. A criação e dinamização de uma página nas redes sociais é algo a fazer rapidamente”, revela Miguel Quaresma.
“Existem questões na Buiatria nacional nas quais achamos que podemos e devemos ter uma palavra, em breve. Talvez a mais preocupante seja o fim da recolha em todo o território dos cadáveres de ruminantes. Quando devíamos estar a caminhar para o fim dos enterramentos anárquicos, houve este passo atrás na proteção da salubridade dos nossos solos e lençóis freáticos”.
“Outra área em que pretendemos contribuir é no repovoamento do território, com rebanhos que acabem com o desemprego de vastas áreas do nosso país que, por estarem abandonadas, ficam particularmente vulneráveis aos incêndios florestais e à erosão”, defende o Presidente da APB.
Outro dos objetivos da nova Direção passa pelo fortalecimento da relação “com todas as associações e grupos relacionados com a pecuária de ruminantes” em Portugal. Segundo Miguel Quaresma é importante para a APB “sermos mais interventivos junto da Sociedade Civil na representação dos legítimos interesses dos nossos associados e da Buiatria nacional.” Para isso, a associação pretende aumentar a circulação da Revista da APB e integrar artigos nacionais e internacionais que sejam “uma referência”.
“Todos os colegas são chamados a partilhar na Buiatria o que se vai fazendo em termos técnico-científicos no país. Outras publicações, como os manuais técnicos já apresentados, deverão continuar. Poderá ser alargado o número de livros a patrocinar, se estes apresentarem qualidade e relevância técnica para a Buiatria de Portugal”, acrescenta.
Durante 2018, a Associação Portuguesa de Buiatria deverá realizar vários cursos práticos para os seus associados e irá participar no desenvolvimento do programa do 8º Encontro de Formação da OMV, na área da Buiatria.