A inclusão da carreia de médico veterinário na lista de profissões de desgaste rápido está pendente da criação de um conjunto de regras para a atribuição desse estatuto. A informação surgiu no âmbito da audição da petição “Pelo reconhecimento da profissão de “Médico Veterinário” como uma profissão de desgaste rápido”, no passado dia 26 de outubro.
A deputada do Partido Socialista, Ana Isabel Santos, informou que está em curso a avaliação de como se vai processar a atribuição do desgaste rápido, de forma geral, e um relatório será apresentado até ao final do ano.
A petição conta com 1028 assinaturas e defende a inclusão da profissão de médico veterinário na lista de desgaste rápido.
“Estes profissionais estão sujeitos ao impacto do trabalho por turnos, a longos períodos de trabalho, horários imprevisíveis frequentemente com privação de sono associada, contacto frequente com o público, longas deslocações, contacto diário com dramas sociais envolvendo a detenção de animais, decisões clínicas de vida e de morte, prática de eutanásia, risco de perigo de vida, escrutínio social intenso, meios logísticos escassos, índices elevados de stress crónico, maior incidência de fadiga de compaixão, estados depressivos e esgotamento nervoso (“burnout”), o que culmina no facto de ser uma das profissões com a taxa mais elevada de suicídio”, pode ler-se.
A atribuição do estatuto “permitiria deduzir no IRS os prémios pagos anualmente por seguros de doença, de acidentes pessoais e de seguros de vida que garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice”. Além disso, a petição aponta que estas profissões “possuem condições diferentes de acesso à pensão de velhice”.
A petição tem como peticionário Pedro Fabrica e é apoiada Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia (APMVEAC) e pela Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios (ANVETEM).