A União Europeia vai contar, a partir do dia 1 de janeiro de 2023, com um Centro de Referência para preservação das raças em vias de extinção. O centro vai ser responsável pelo contributo científico e técnico para o estabelecimento ou harmonização dos métodos de preservação das raças ou da diversidade genética dessas raças.
Segundo explica a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), no seu site, a criação deste centro surge após um pedido das autoridades competentes de alguns Estados-Membros e da indústria.
O foco do centro será o estudo de animais reprodutores de cinco espécies: bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equinos. De forma a facilitar a criação de raças em vias de extinção e o reforço da atividade transfronteiriça, prevê-se:
- Estabelecer critérios mínimos para a classificação de uma raça como raça ameaçada;
- Desenvolver e harmonizar métodos utilizados para a conservação in situ e ex situ de raças em vias de extinção e a preservação da diversidade genética dessas raças;
- Facilitar o intercâmbio de informação entre os Estados-membros.
Em Portugal, as raças autóctones constituem uma das principais razões para o País ser considerado uma região ‘Hot spot’ de biodiversidade pela FAO [Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas].
Atualmente estão oficialmente reconhecidas 52 raças autóctones portuguesas ameaçadas, sendo 16 raças de bovinos, 16 raças de ovinos, 6 raças de caprinos, 3 raças de suínos, 6 raças de equídeos.