O calor extremo que se fez sentir na Europa levou a um aumento da frequência respiratória média dos cães superior a 20% entre abril e junho deste ano. A conclusão é da Invoxia, a partir dos dados recolhidos da sua coleira.
A empresa alerta para o impacto das alterações climáticas nos cães braquicefálicos, cuja procura tem aumentado nos últimos anos. Recorde-se que estes animais, devido à estética do seu focinho, são particularmente afetados por problemas respiratórios e digestivos.
“Os cães regulam principalmente a temperatura corporal através da respiração (os cães suam muito pouco, ao contrário de nós, humanos). Assim, quando a temperatura ambiente aumenta, a frequência respiratória do cão aumenta (isto é chamado de respiração ofegante térmica). Ao mesmo tempo, a frequência cardíaca também aumenta. Isso pode ser particularmente prejudicial, especialmente quando o animal já é afetado por doenças cardíacas ou doenças respiratórias (por exemplo, em cães braquicefálicos), sem mencionar o risco de insolação”, explica a médica veterinária especialista em rastreio cardiáco, Valérie Chetboul.
O estudo foi conduzido na Europa entre 1 de abril e 28 de junho de 2023 e monitorizou os sinais respiratórios de 100 cães em estado de repouso. Para garantir uma avaliação realista, a Invoxia utilizou uma grande variedade de perfis de cães (diferentes raças, idades e pesos).