O grupo Internacional de trabalho sobre conformações extremas em cães (ICECDogs) lançou um guia para publicitários, baseado em investigações do Royal Veterinary College (RVC), que aconselha a evitar o uso de imagens de cães com formas corporais extremas em publicidade, rede sociais e media.
O ICECDogs é uma organização multinacional que combate os problemas de saúde e de bem-estar causados por conformações corporais extremas, definidas como alterações físicas significativas e que são produto da seleção humana. Exemplos de raças afetadas incluem o Buldogue francês, o Pug, o Buldogue inglês e o Dachshund.
O grupo internacional de trabalho insta os especialistas em publicidade e os utilizadores de redes sociais a deixarem de utilizar imagens de cães com conformações extremas, a não ser que tenham o intuito de proteger a saúde e o bem-estar canino. Em vez disso, o guia recomenda a utilização e promoção de imagens de cães com conformações saudáveis.
O guia também detalha os atributos físicos que um cão deve ter para desfrutar de uma vida plena e sem limitações de saúde, frisando que os problemas comuns de saúde e bem-estar resultantes de conformações extremas incluem dor crónica, como úlceras oculares, e incapacidade física, como dificuldades respiratórias.
A criação destas guidelines foi despoletada pelo facto de, na última década, ter aumentado a procura por cães com características extremas, nomeadamente dobras cutâneas excessivas, cauda e pernas curtas ou rosto plano, sendo esta procura impulsionada, em parte, devido à normalização destas características em publicidade e redes sociais.
Desta forma, o grupo apela a que os publicitários tenham atenção a esta problemática e usem imagens de cães cuja conformação extrema não seja evidente. Além disso, apela ainda a que o público denuncie anúncios que violem estas diretrizes.
“Milhões de cães sofrem todos os anos com formas corporais extremas e desnecessárias. Esta mensagem apela aos publicitários para ajudarem a acabar com esta normalização do sofrimento canino e promover formas corporais saudáveis em cães”, afirmou Dan O’Neill, um dos membros do grupo.