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VI Congresso da OMV: Evento reflectirá caminhos futuros

VI Congresso da OMV: Evento reflectirá caminhos futuros

O VI Congresso da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) já está a marcar pontos junto dos veterinários. A organização, antevendo as dificuldades económicas dos médicos menos abonados (os mais jovens), resolveu praticar preços mais baixos e, assim, contribuir para que os profissionais não percam o comboio da competitividade profissional.

Nos dias 3, 4 e 5 de Outubro o futuro da classe veterinária está no centro de todas as atenções. A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) está já a ultimar os preparativos para a dar lugar ao VI Congresso, que terá lugar no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

O Conselho Directivo da OMV, por intermédio da sua porta-voz Rita Esgalhado, explica que pretende que este Congresso seja um encontro pautado «pela qualidade e diversidade de temas na área da medicina veterinária».
Pese embora a diversidade de temas que existem no sector, a OMV esclarece que foi objectivo oferecer um programa eclético, que comportasse um carácter «científico, técnico e de debate apelativo e suficientemente abrangente, para que os colegas se revejam nesta iniciativa e tenham real interesse em participar. Reputamos igualmente fundamental o estímulo à participação dos colegas através da apresentação de comunicações livres (orais e posters), pelo que dedicaremos especial atenção a esta área. Este será um fórum de avaliação e debate dos principais problemas da profissão, mas também um espaço privilegiado de formação e evolução profissional. Pretendemos, acima de tudo, que este Congresso possibilite o restabelecimento do espírito de união e pertença da Classe à sua Ordem».  

 

De acordo com Rita Esgalhado, a referida iniciativa científica engloba áreas tão diversas como animais de companhia, desporto e produção, bem como as restantes áreas de actuação dos médicos veterinários: municípios, serviços oficiais, inspecção sanitária e higiene e saúde pública. Destacam-se ainda, segunda a responsável, aspectos relacionados com a ética e deontologia profissional, ensino e formação veterinária. Os temais mais “quentes”, não foram esquecidos.

Debater o futuro

 

Numa altura em que se assiste a uma das piores crises económicas de que há memória, o debate em torno dos temas: “O médico veterinário na actualidade” e “Novas oportunidades profissionais” promete trazer para o epicentro da discussão algumas reflexões que importará reter. 

Nesse âmbito, o evento vai abordar o momento conturbado que grande parte dos veterinários portugueses, nomeadamente os mais novos, está a viver, pois é importante reflectir sobre os caminhos futuros a tomar.
De todo modo, Rita Esgalhado sustenta que o congresso da OMV manifestou, desde sempre, vontade de reflectir sobre o futuro. «As preocupações com a situação actual e futura da profissão estão patentes no programa do congresso. No primeiro dia serão debatidos, em conjunto com representantes da Associação Nacional de Estudantes de Medicina Veterinária (ANEMV), vários aspectos da profissão veterinária, no presente e no futuro. Mais: ao longo de todo o Congresso, também os temas clínicos e de áreas funcionais específicas irão reflectir a evolução do papel desempenhado por estes profissionais, discutindo-se igualmente possíveis perspectivas de desenvolvimento», diz, acrescentando que «o último dia será dedicado à avaliação de novas oportunidades profissionais, em áreas tão diversas como a biodiversidade, a medicina de conservação ou os equipamentos lúdicos e culturais. Serão ainda debatidas questões relacionadas com os “Desafios sociais e políticos da Profissão na actualidade”».

 

Preços simpáticos

Hoje em dia, um tostão vale um milhão, passe-se a pouco certeira tentativa de fazer provérbios populares. “Crise” é a palavra que anda na boca de toda a gente. Numa primeira análise, esperou-se o pior, visto que o mau momento económico mundial tem afastado as pessoas de tudo aquilo que não seja o estritamente essencial para o dia-a-dia. 
A OMV não se mostrou insensível à conjuntura actual e, segundo Rita Esgalhado, agiu em conformidade com a sua responsabilidade social estabelecendo preços de inscrição ”simpáticos”. «A OMV tem plena consciência da conjuntura económica actual, bem como das dificuldades que a classe atravessa no presente. Consideramos que os valores de inscrição estabelecidos reflectem estes aspectos, e possibilitam a participação de todos os colegas e estudantes de medicina veterinária». Isto porque, explica, num mundo cada vez mais competitivo importará (re)adquirir novas competências e conhecimentos sempre que seja possível.

 

«Pese embora o período de recessão que o país atravessa, é essencial que a formação contínua não seja descurada, uma vez que pode tornar-se num elemento diferenciador e de valorização profissional acrescida. Como tal, sensibilizamos os colegas para a necessidade de investimento permanente na sua formação, e esperamos poder contar com a sua participação, não só como congressistas, mas também de forma activa, através da apresentação de comunicações livres».

Empresas dizem «presente»

Como se sabe, o tecido empresarial mundial (salvo raríssimas excepções) tem “aproveitado” o momento para cerrar fileiras em torno da necessidade de poupar recursos. Ao que parece, a indústria está em contra-ciclo e continuará com alguma “folga” para não fechar os cordões à bolsa no apoio aos eventos científicos. A OMV, como a grande maioria das outras sociedades científicas, agradece. 

«A área empresarial, apesar de sentir igualmente os efeitos da crise, não deixou de dar o seu apoio, e estará amplamente representada neste evento. O vasto leque de temas a desenvolver torna-se uma mais-valia, ao reunir as várias áreas da profissão no mesmo espaço, tornando este congresso num espaço privilegiado para a divulgação de produtos e técnicas inovadoras, bem como de debate e convívio entre profissionais», conclui. 

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