Se é verdade que a evolução da medicina veterinária levou ao surgimento dos mais avançados cuidados de saúde animal, reflectindo-se significativamente na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, também não deixa de ser verdade que há ainda um longo caminho a percorrer na área da medicina de urgência e cuidados intensivos. E basta ter em conta que, desde logo, é preciso que as instalações dos hospitais e clínicas estejam preparadas para acolher devidamente um serviço de urgência. Isto claramente acompanhado por um staff altamente especializado, para além de uma sempre bem-vinda dose de paixão e adrenalina q.b. Porque nas urgências, tudo “rola” demasiado depressa. E a volatilidade dos pacientes é uma dura realidade.
“Fluxo directo” nas urgências é essencial
E foi precisamente tendo em conta todos estes parâmetros que o Hospital Veterinário do Porto (HVP) delineou, desenhou e implementou o seu serviço de urgência e cuidados intensivos. Com uma estratégia que começa logo no acesso a esta unidade. Um acesso fácil e directo. O animal mal chega ao Hospital entra directamente por uma porta para a mesa de emergências onde é feito o diagnóstico inicial. Daqui, e depois de estabilizado, é encaminhado ou para os cuidados intermédios ou intensivos, caso se justifique. Uma forma de actuar que Lénio Ribeiro, director das urgências e cuidados intensivos do Hospital Veterinário do Porto, apelidou de fluxo directo: «O paciente não se “perde” de sala em sala. Entra directamente para o local onde vai ser examinado. Não há qualquer perda de tempo».
Este serviço é o que habitualmente mais recursos – humanos, principalmente – consome nas clínicas e hospitais que abraçam esta área. E esta unidade no Porto é um claro exemplo disso. Ao todo, são cinco os profissionais alocados a este serviço que funciona 24 horas por dia e onde, por mês, são assistidos cerca de 250 animais.
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