A Universidade do Minnesota, nos EUA, anunciou na passada semana que conseguiu desenvolver um fármaco que irá ajudar a aumentar as taxas de sobrevivência de cães diagnosticados com um tipo de cancro denominado hemangiossarcoma (HSA), uma doença oncológica que afeta as células endoteliais (células que revestem os vasos sanguíneos).
Os resultados foram publicados na revista científica Molecular Cancer Therapeutics e assumem-se como “o avanço mais significativo no tratamento do HSA canino nas últimas três décadas”.
O hemangiossarcoma é um cancro agressivo e praticamente incurável e que é muito semelhante ao angiossarcoma, que afeta os humanos, e que se caracteriza por ter um tempo de sobrevivência muito curto, mesmo com tratamentos agressivos.
De acordo com os responsáveis pela inovação agora anunciada, os cães diagnosticados com esta doença sobrevivem durante quatro a seis meses, com apenas 10% a sobreviver até um ano depois do diagnóstico.
O fármaco agora apresentado – batizado de eBAT – “foi criado para atingir o tumor enquanto causa lesões mínimas no sistema imunitário. O HSA é um cancro vascular, o que significa que se forma nos vasos sanguíneos. O eBAT foi selecionado para este ensaio clínico porque pode simultaneamente atingir o tumor e o seu sistema vascular”, explicam os investigadores.
No âmbito deste estudo, 23 cães de várias raças com a doença receberam o tratamento em três ocasiões diferentes e posteriormente foram submetidos a uma cirurgia para remover o tumor e ainda antes da quimioterapia convencional. Os resultados mostram que o fármaco aumentou a taxa de sobrevivência em cerca de 70%. Para além disso, cinco dos cães tratados viveram mais 450 dias.