Os tutores de animais não consideram que a comida crua para animais represente um risco acrescido de infeção nos seus lares. A conclusão é de um estudo conduzido pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Helsínquia, que inquiriu através da Internet um total de 16 475 lares em 81 países para avaliar a perceção dos tutores em relação à comida crua para animais.
Os resultados agora conhecidos indicam que apenas 39 dos inquiridos (0,2%) revelaram ter ocorrido a transmissão de um patogénico para um membro da sua família através da comida crua do seu animal de estimação. Além disso, em apenas três destes lares o patogénico transmitido para o humano foi encontrado na amostra de comida crua do animal.
Nick Thompson, presidente da Raw Feeding Veterinary Society, citado pelo portal Vet Times, sublinha: “Admito que existem prós e contras nos inquéritos realizados pela Internet, mas estes resultados mostram claramente que apenas uma pequena proporção das pessoas vê uma associação entre a comida crua dos animais e doenças. O que podemos retirar daqui é que 99,8% das pessoas inquiridas disseram que, durante um período que em alguns casos vai até aos 65 anos, a comida crua não representou qualquer problema, o que acredito ser melhor [estatisticamente] do que noutros regimes alimentares.”
Nos últimos anos têm surgido vários alertas relacionados com a descoberta de bactérias em alimentação crua para animais, nomeadamente Salmonella e E.coli. No ano passado, o presidente da Veterinary Public Health Association (VPHA), do Reino Unido, Collin Willson, disse inclusive que a alimentação crua dos animais pode representar um risco para a saúde humana.
Conheça o estudo em detalhe aqui.