O sangue do dragão de komodo pode ser a resposta para a resistência aos antibióticos, diz um estudo. De acordo com a investigação publicada, o sangue do dragão de komodo pode ajudar a desenvolver novos antibióticos, uma vez que que possui um péptido – VK25 – que faz com que o animal raramente adoeça.
Para entender melhor o potencial do péptido presente no sangue do animal, os investigadores isolaram-no e estudaram-no de perto, descobrindo que possui propriedades antimicrobianas e a capacidade de prevenir o desenvolvimento de biofilmes, microrganismos que se mantêm juntos com o objetivo de se protegerem.
Depois desta análise, os investigadores manipularam dois aminoácidos presentes no péptido VK25 para o tornar mais eficaz ainda, o que levou à criação de uma versão sintética deste péptido, a que chamaram DRGN-1.
Para perceber a sua eficácia, os investigadores testaram este péptido sintético em ratos com feridas infetadas com duas estirpes de bactérias resistentes aos antibióticos. Os resultados, agora divulgados, mostram-se promissores, já que este foi capaz de atacar e destruir o biofilme presente nas feridas e de matar as duas estirpes de bactérias.
Agora os autores do estudo pretendem testar o potencial deste péptido sintético em produtos tópicos para a cura de feridas em animais, mas acreditam que no futuro poderá ajudar a desenvolver novos antibióticos para humanos.