Um estudo recentemente publicado na revista científica Veterinary Journal faz uma revisão dos fatores responsáveis pela dermatite atópica canina e dos protocolos e boas práticas que devem ser aplicados no tratamento da doença.
Segundo o estudo, existem inúmeros fatores que despoletam o surgimento da doença dermatológica e, de acordo com os cientistas, a terapêutica deve focar-se no controlo das causas, que vão desde as infeções, às alergias e aos ectoparasitas.
Os autores do estudo explicam que “os ectoparasitas não são a causa direta da dermatite atópica, mas constituem um fator coadjuvante para exacerbar o prurido, sobretudo as pulgas. Assim, uma das estratégias de prevenção face a este problema dermatológico é seguir um protocolo de desparasitação profilático.”
Já no que diz respeito à dermatite atópica causada por sensibilidade alimentar, os investigadores referem que se devem levar a cabo testes de eliminação e, “uma vez determinada a causa da hipersensibilidade, devem utilizar-se dietas hipoalergénicas adequadas.”
Por outro lado, no que diz respeito a alergias ambientais, os investigadores referem que se podem realizar tratamentos com imunoterapia específica para evitar o possível contacto com os alergénios que as produzem, dependendo da gravidade dos sintomas e da condição do paciente.
Como referem os autores do estudo, “uma evolução satisfatória a longo prazo de um animal que sofre de dermatite canina só se consegue mediante a combinação de vários protocolos de tratamento, para que se maximizem os benefícios de cada um deles e se minimizem as suas desvantagens.”