Para George Stilwell, diplomado pelo European College of Bovine Health Management e docente de Clínica de Espécies Pecuárias na FMVUL, “devido à medicina da produção esqueceu-se um pouco o papel do clínico do animal individual”.
“Trabalhando em explorações de grande dimensão, em que o rendimento e o lucro são partes muito importantes, começa-se a notar que os clínicos se esquecem um pouco do seu papel junto do animal individual. Estamos a deixar criar no próprio produtor aquela ideia de que não vale a pena investir em tratar o animal isoladamente, porque é caro”.
Como professor, George Stilwell tenta manter o espírito que está nos clínicos de pequenos animais, “em que o indivíduo é que interessa salvar, mas que no caso dos clínicos de bovinos se perdeu muito”. Para o veterinário, esta clínica do dia-a-dia faz-se nas pequenas explorações, “mas nas grandes explorações começa a não existir. Isto aconteceu há muitos anos com os suínos, o animal não vale só por si, os veterinários estão normalmente envolvidos na gestão e na parte de reprodução, mas no dia-a-dia do animal é o tratador que lá está, com as devidas limitações. Estamos a caminhar no mesmo sentido no que diz respeito aos bovinos”.
A ideia que George Stilwell gostaria de transmitir é que “não é muito caro tratar os animais de forma individual, tem é de ser imediato e assim o trabalho do veterinário compensa. Um veterinário clínico é compensatório para o produtor”.
Nota: Ler a entrevista na íntegra na edição de outubro da Veterinária Atual.