A carne de animais adultos registou uma diminuição de 5,9%, devido à menor produção nas categorias de “novilhos”, “novilhas” e “bois”, enquanto a carne de vitelo, pelo contrário, apresentou um crescimento de 5,8%.
A produção de carne de suíno em 2012 (384 mil toneladas) sofreu uma quebra de 5,6%, comparativamente a 2011. Houve menos suínos no mercado nacional devido à continuação do seu envio para abate em Espanha, que provocou uma oferta inferior à procura, com o consequente impacto nos preços, que aumentaram em 2012. Houve também uma redução do número de porcas reprodutoras nacionais, que implicou uma menor oferta de animais para abate no ano em análise. Esta redução de efetivo poderá ainda ampliar-se pela entrada em vigor, no início de 2013, das normas de bem-estar animal, cujo impacto, ainda não completamente medido, poderá conduzir a uma redução no efetivo animal nacional.
Por sua vez, a produção da espécie ovina decresceu 3,6% e no que respeita aos caprinos registou-se um aumento de 5,6%, comparativamente ao ano 2011. Já a produção de carne de animais de capoeira estabilizou no ano de 2012 (+0,1%), quando comparada com o ano anterior, tendo-se situado nas 334 mil toneladas. A produção de frangos de carne (que corresponderam a 81% do total de animais de capoeira) teve um volume idêntico ao de 2011, ou seja, uma produção de 270 mil toneladas.
A carne de pato sofreu uma queda de 11,3%, não tendo ultrapassado as 8 mil toneladas, devido a uma diminuição da capacidade de produção nacional, sem que tivesse sido compensada pela importação de aves do dia, que decresceu face ao ano anterior. A produção total de “outras carnes” (inclui caça, pombos, coelhos, codornizes e avestruzes) registou um acréscimo de 3,5%, devido essencialmente ao maior volume de produção de carne de coelho (+5,9%) relativamente a 2011. Pelo contrário, a produção de codorniz registou uma redução de 5,6%.
A produção de ovos de galinha para consumo, em 2012, registou uma diminuição de 2,5%, fixando-se nas 100 mil toneladas. A aplicação da Diretiva Comunitária 1999/74/CE no setor dos ovos determinou a proibição, a partir de 1 de janeiro de 2012, da comercialização direta de ovos não produzidos em gaiolas melhoradas e, a partir de julho de 2012, da totalidade da sua comercialização, bem como o abate das aves alojadas em gaiolas não melhoradas. Esta situação provocou alguma escassez no mercado interno europeu, com uma consequente subida de preços na produção e no consumidor, e implicou o risco da UE perder a autossuficiência neste setor, recorrendo à importação de ovos e ovoprodutos de países terceiros.
