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Paramiloidose: Investigadores portugueses apresentam novo tratamento

Uma equipa de investigadores da Universidade do Porto, liderada por Maria João Saraiva, descobriu que a tudca, um ácido produzido pela bílis, pode constituir uma nova forma de combate à paramiloidose (doença dos pezinhos), após esta ter sido testada em ratinhos de laboratório, noticiou o “Correio da Manhã”.

Há já vários anos que a equipa do Instituto de Biologia Molecular e Celular tem vindo a desenvolver linhas de investigação com o objectivo de compreender os mecanismos envolvidos na doença.
A paramiloidose surge devido a uma mutação genética que conduz à formação de fibras pelo corpo que eliminam as células. É exactamente neste processo de eliminação de células que o novo composto mostrou ser eficaz.
«Os marcadores mostram uma redução da morte de células, mas também a redução da formação de fibras», explicou ao referido jornal Maria João Saraiva.
Segundo a responsável, uma investigação anterior, que testou uma substância designada de doxiciclina, já tinha revelado resultados positivos na desagregação das fibras nos tecidos.
Por conseguinte, e na junção das propriedades destas duas substâncias que reside a esperança para a doença dos pezinhos. Uma desagrega as fibras que se acumulam e a outra previne-as e reduz a morte celular.
Contudo, a investigadora sublinha que ainda demorarão alguns anos para a Tudca ser testada em humanos. Falta repetir a experiência e depois ajustar as doses seguras para administração em pessoas. No caso da primeira substância, o procedimento demorou dois anos.
A descoberta irá ser publicada, na próxima semana, na revista “BBA – Molecular Basis of Disease”.

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