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Bragança: Sub-região de saúde está a contratar clínicos de diversas nacionalidades

Para suprir a perda dos médicos espanhóis, a sub-região de Saúde de Bragança está a contratar clínicos de diversas nacionalidades, como brasileiros, do Leste da Europa e dos PALOP, informou ontem à “Lusa” a coordenadora Berta Nunes.

De acordo com as informações da responsável, esta região ficou desprovida de clínicos com o regresso dos médicos espanhóis ao país de origem, perdendo nos últimos dois anos metade (sete) dos que prestavam serviço naquele centro de saúde.
Ainda assim, Berta Nunes garantiu que este distrito continua a ser dos poucos do país com a cobertura total de médico de família para os cerca de 150 mil utentes dos 12 centros e saúde. «Temos conseguido substituir os médicos espanhóis por alguns internos portugueses que acabam o internato e ficam na região, por médicos de Leste, brasileiros e dois dos PALOP (africanos)», disse.
Dos cerca de 100 médicos de família a exercerem no Nordeste Transmontano, 14 eram espanhóis, a maioria parte das regiões de Galiza e Castela e Leoa, que escolheram Portugal para fazer o internato e integravam os quadros da sub-região. Nos últimos dois anos, sete médicos espanhóis regressaram a Espanha: um casal deixou o centro de saúde de Carrazeda de Ansiães, duas médicas o de Vinhais, um médico o de Miranda do Douro, outro o de Alfandega da Fé e outro ainda o de Mogadouro.
Segundo a coordenadora da sub-região de Saúde, estas partidas obrigaram a uma sobrecarga ainda que temporária dos restantes médicos, que tem sido minimizada, com as novas contratações.
Nos últimos dois anos houve um fluxo de médicos espanhóis que regressou a Espanha e quando abrem concursos para preenchimento de vagas, «já não concorrem praticamente espanhóis», disse Berta Nunes, embora esteja convicta que os salários não são a principal razão pela qual não querem permanecer em Portugal, mas sobretudo por questões familiares, embora neste momento o Serviço Nacional de Saúde de Espanha esteja a oferecer melhor remunerações que as portuguesas.  

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