De acordo com o “Medical News Today”, o estudo foi conduzido por uma equipa de cientistas da Division of Animal Sciences, da University of Missouri. Michael Roberts, o líder da investigação, explica que a dieta na altura da concepção é o factor mais importante quando se trata de influenciar o sexo da cria.
«O nosso estudo eliminou a condição do corpo, peso da ovelha, partos anteriores, tempo de reprodução, tempo de gestação e as razões para inclinação do género. Em vez destes factores, foi a composição da dieta ingerida no período anterior à concepção a responsável pelo rácio sexual», explicou o autor.
As gorduras polinsaturadas constituem nutrientes essenciais. Acredita-se que o rácio da dieta entre gorduras Ómega-3 e Ómega-6 tem importantes efeitos biológicos, especialmente em termos de inflamação, imunidade e sinalização do sistema nervoso central.
As gorduras Ómega-6, utilizadas neste estudo, foram protegidas da digestão pelas bactérias naturais do rumen, de modo a assegurar que fossem absorvidas pelos intestinos.
Nos grupos sociais de animais, onde um pequeno número de machos dominantes acasala com um grande número de fêmeas, tem vindo a ser teorizado que a geração de uma cria macho constitui uma vantagem genética de ovelhas mais saudáveis e melhor alimentadas, enquanto que as ovelhas que consomem uma dieta mais pobre apresentam uma taxa de sucesso genético maior dando à luz crias fêmeas.
«Este é o primeiro estudo experimental em condições controladas que demonstra que uma dieta maternal suplementar, neste caso aumentando a ingestão de ácidos gordos polinsaturados, pode inclinar o rácio do género para o sexo masculino», afirmou Roberts.
Ovelhas: Dieta materna suplementar influencia nascimento de crias macho
Uma investigação, publicada no “Reproductive Biology and Endocrinology”, concluiu que ovelhas alimentadas com uma dieta rica em gorduras polinsaturadas durante o mês que antecede a concepção têm maiores hipóteses de vir a dar à luz crias macho.