Desde o passado mês de julho que o OneVet Group tem um conselho científico. “Este é um órgão consultivo para as áreas clínica e científica de apoio ao Conselho de Administração do OneVet Group”, explicou Joaquim Henriques, presidente do conselho científico, à Veterinária Atual.
Formado por médicos veterinários do grupo nomeados pelo Conselho de Administração em diferentes áreas de interesse, o conselho científico inclui ainda as presenças de Sónia Miranda (Hospital Veterinário Baixo Vouga, Águeda), Luís Lobo (Hospital Veterinário do Porto) e Pedro Olivério, (Hospital Veterinário Universidade de Coimbra).
Porquê a existência de um conselho científico?
Contemplando atualmente seis hospitais e 13 clínicas veterinárias, o OneVet Group é o maior grupo de medicina veterinária nacional e o conselho científico (CC) é uma “estrutura importante para garantir a implementação e manutenção de padrões clínicos de elevada qualidade, atualização constante das equipas face aos mais recentes conhecimentos, elaboração de protocolos internos nas várias áreas de atuação médico-veterinária e dinamização cientifica intra e extra grupo”, refere Joaquim Henriques. “Colabora ainda diretamente com o Conselho de Administração, como órgão consultivo”.
Entre as primeiras medidas tomadas pelo CC destaque para “o Protocolo Vacinal, seguindo-se a elaboração de um plano de formação anual, com formação para médicos, enfermeiros e auxiliares veterinários do Grupo e ainda a constituição do regulamento dos Grupos de Interesse, por exemplo nas áreas da Medicina Felina, Anestesia, etc”.
Para Joaquim Henriques, a constituição do CC melhorou o desempenho das unidades do OneVet Group ao “uniformizar-se procedimentos e melhorar o nível científico das equipas. A qualidade da medicina prestada possibilita e conduz a um desempenho superior, otimiza processos de referenciação e garante ao cliente a prestação de uma medicina atualizada e de alto nível científico. As equipas dispõem ainda de ferramentas e formação para poderem prestar serviços veterinários de excelência”.
A importância do Protocolo Vacinal
Como já demos a conhecer, o OneVet Group passou a ter um Protocolo Vacinal. “Cada centro, sob a orientação do diretor clínico, já utilizava as recomendações nacionais e internacionais na elaboração do seu plano vacinal. Porém, existiam pontualmente situações excecionais que poderiam suscitar dúvidas. A criação do protocolo Onevet veio criar um documento transversal, onde constam as mais recentes orientações internacionais, mas que tem também em atenção as particularidades das práticas de medicina preventiva e realidade geográfica (com os respetivos riscos epidemiológicos) portuguesa”.
Para Joaquim Henriques, este protocolo vacinal é importante uma vez que a ‘sensações pessoais’ não devem pautar a atividade clínica médica. “Os documentos elaborados em sede de Conselho Cientifico têm a importância de qualquer documento que emane de literatura e conhecimento científico baseado na evidência. A Medicina Veterinária deve, à semelhança da Humana, basear a sua prática na evidência e não na experiência individual de cada médico. A experiência individual não é de todo de menosprezar, mas um ato médico baseado no ‘gosto’ ou sensações pessoais não deve pautar a atividade clínica médica”.
Este Protocolo Vacinal pode servir de exemplo a outros CAMV’s que queiram adotar o documento, situação que Joaquim Henriques vê com bons olhos. “O facto dos nossos protocolos ou documentos poderem ser utilizados por outros CAMV’s só nos pode orgulhar. Demonstrará o reconhecimento técnico-científico da Onevet e virá ao encontro do que se pretende: trabalhar com os colegas exteriores ao grupo na referenciação e aperfeiçoamento profissional”.
Para o futuro estão programadas várias ações de formação. “A formação gratuita contínua das equipas é uma pedra basilar neste processo de excelência”, diz Joaquim Henriques. “As ações de formação sempre existiram, organizadas sobretudo pelos hospitais do Grupo. Desde Janeiro deste ano que foi implementado um programa de formação anual intra grupo, que está estruturado a três anos, com temas que surgem das necessidades apresentadas pelos colaboradores”.
Já foram realizadas ações de formação em Oftalmologia no Hospital Veterinário de Trás-os-Montes; Imagiologia e Tomografia no Hospital Universitário de Coimbra; Oncologia no Hospital Veterinário do Porto; Cirurgia Oncológica de Cabeça e Pescoço no Hospital Veterinário Berna e mais recentemente Anestesiologia, este último também dirigido a enfermeiros, novamente no Hospital Veterinário Universitário de Coimbra.
Estão a ser planeadas mais duas ações de formação:
Patologia Clínica para médicos e enfermeiros, no Hospital Veterinário do Baixo Vouga ( 17 e 18 de Setembro)
Medicina Felina do Hospital Veterinário do Seixal (24 e 25 de Setembro).